Sem atrair novas estrelas, Rio Open aposta em velhos conhecidos e promessas

Principal torneio de tênis da América do Sul, o Rio Open dá início nesta segunda (18), nas quadras de saibro do Jockey Club Brasileiro, à edição mais modesta dos seus seis anos de história.

De 2014 a 2016, a competição contou com a presença do espanhol Rafael Nadal. Nos dois últimos anos, já sem o espanhol, as principais apostas para atrair o público foram o japonês Kei Nishikori (2017) e o croata Marin Cilic (2018).

Desta vez, o principal tenista da chave é o austríaco Dominic Thiem, 25, campeão em 2017 e oitavo colocado do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais). Um nome de peso, mas que não vem acompanhado do fator novidade —essa é a sua terceira participação no Rio.

 

Além de Thiem, o evento contará com mais três tenistas do top 20, todos figuras carimbadas no torneio: os italianos Fabio Fognini (16º) e Marco Cecchinato (17º) e o argentino Diego Schwartzman (19º), campeão no ano passado.

Em conversa com jornalistas no início do ano, o diretor do torneio, Luiz Carvalho, disse que entre as novidades buscadas para esta edição estiveram o suíço Stan Wawrinka, o búlgaro Grigor Dimitrov, o grego Stefanos Tsitsipas e até o britânico Andy Murray, ex-número 1 do mundo que, gravemente lesionado, deve se aposentar ainda em 2019.

A missão de atrair tenistas de destaque tem sido cada vez complicada para a sequência de torneios de saibro na América do Sul em fevereiro —dois na Argentina e dois no Brasil.

Na mesma época, são realizados na Europa, na Ásia e nos EUA vários campeonatos em quadra dura, piso de preferência da maior parte dos atletas de elite.

Desde o ano passado, o Rio Open busca autorização da ATP para mudar seu torneio para esse tipo de quadra, mas ainda não obteve sucesso no pleito junto à entidade.

“A gente queria mais e buscou mais, mas achamos que será um torneio tão competitivo quanto foi em 2017 com o Nishikori ou 2018 com o Cilic”, afirmou Carvalho.

A hipótese dele tem sua razão, já que nem o japonês nem o croata tiveram uma grande exibição no Rio e foram eliminados antes das quartas de final. No fim das contas, quase sempre quem acaba avançando até as fases decisivas são os tenistas especializados no piso lento e que se adaptam às condições quentes e úmidas do Rio de Janeiro.

Além dos seus participantes fiéis, o Rio Open faz em 2019 uma aposta em promessas do esporte. Uma delas é o brasileiro Thiago Wild, 18, que está em seu primeiro ano de profissional e ganhou convite para a chave principal após vencer um torneio classificatório para jovens do país.

Outro convidado é o canadense Felix Auger-Aliassime, 18, que já tem mais experiência entre os profissionais e está a quatro posições de figurar no top 100 do ranking.

O espanhol Jaume Munar, 21, pupilo de Nadal, é mais um representante da nova geração que tenta repetir o sucesso do ídolo no saibro carioca.

Como nenhum brasileiro tinha posição no ranking para entrar direto na chave principal, o melhor colocado do país na lista, Thiago Monteiro, 24, também recebeu um convite da organização.

Já Rogério Dutra Silva, Thomaz Bellucci, Rafael Matos, Mateus Alves e Natan Rodrigues foram eliminados ainda na fase qualificatória e não disputarão o evento principal.

Nas duplas, o principal atrativo é a parceria entre Marcelo Melo e Bruno Soares, que atuarão juntos, assim como fizeram em 2016, quando se preparavam para a Olimpíada do Rio.

Os ingressos para o Rio Open, que vai até domingo (24), variam de R$ 30 (primeiro dia na lateral) a R$ 490 (final no fundo da quadra) e estão à venda no site riopen.com/ingressos.

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