Protesto contra o governo fecha ruas de centro comercial de Hong Kong

Milhares de manifestantes bloquearam vias da área comercial de Kowloon, no coração de Hong Kong, neste sábado (3), em novo protesto contra o governo local.

Na região da Nathan Road, normalmente movimentada no fim de semana, o comércio baixou as portas, incluindo lojas de conveniência e pontos das grifes Rolex e Tudor.

Segundo a polícia, um grupo de manifestantes pichou a delegacia de Tsim Sha Tsui e depredou um veículo que estava no local.

O protesto reuniu 120 mil pessoas, de acordo com organizadores. A polícia ainda não divulgou sua estimativa.

Os manifestantes, muitos deles usando capacetes e máscaras e portando guarda-chuvas, também montaram barricadas na região, que fica no distrito de Mong Kok.

Por voltas das 22h30 (no horário local), a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.

A multidão deve voltar às ruas para um novo protesto neste domingo (4). Ainda há chamados para uma greve geral na segunda (5).

Na área do porto de Hong Kong, outro grupo organizou um protesto, na parte da tarde, a favor da polícia. Eles usavam roupas brancas e carregavam bandeiras de Hong Kong e da China.

A antiga colônia britânica entra em sua nona semana consecutiva de manifestações.

O que começou como oposição a um projeto de lei que permitira a extradição de pessoas de Hong Kong à China continental para serem julgadas se tornou um movimento de repúdio mais amplo ao governo do território, encabeçado pela chefe-executiva, Carrie Lam, e aos seus mandantes políticos em Pequim.

Os protestos vêm ocorrendo quase diariamente, às vezes com pouco aviso prévio, prejudicando os negócios, aumentando a pressão sobre o governo já encurralado e sobrecarregando seu contingente policial, que alguns acusam de usar força excessiva.

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