Polícia investiga austríaco que recebeu doação de 1.500 euros de atirador da Nova Zelândia

As autoridades austríacas realizaram  nesta terça-feira (26) uma operação de busca e apreensão no apartamento de um líder da extrema direita. A ação faz parte de uma investigação que o relaciona ao homem que atacou duas mesquitas na Nova Zelândia, informaram autoridades locais.

A residência de Martin Sellner, 30, cofundador do Movimento Identitário Austríaco, foi revistada na segunda-feira à noite por "suspeita de participação em uma organização terrorista", apontou a Procuradoria de Graz.

Sellner reconheceu que recebeu há alguns meses uma doação de 1.500 euros de Brenton Tarrant, o australiano que assassinou 50 fiéis na cidade de Christchurch, em 15 de março.

Em vídeo publicado na segunda à noite, ele afirmou que não mantinha contato com Tarrant, mas que enviou ao atirador um e-mail de agradecimento.

O chanceler austríaco Sebastian Kurz pediu nesta terça-feira que "qualquer vínculo entre o autor dos atentados de Christchurch e os identitários da Áustria seja esclarecido em sua totalidade".

O ministério do Interior afirmou na quinta-feira que Tarrant esteve na Áustria quando fez uma longa viagem pela Europa central e do sul.

Segundo informações da imprensa, ele teria estado em Viena em 26 de novembro e depois passado por Carintia (sul), Salzburgo e Innsbruck (oeste).

O computador e o celular de Sellner foram apreendidos na operação. O austríaco, que está proibido de entrar em território britânico, foi processado no ano passado com outros 16 membros do Movimento Identitário Austríaco por "formação de organização criminosa e propagação de ideologia racista". Ele foi inocentado em julho.

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