Escolas particulares de São Paulo vão parar em dia de protestos

Algumas escolas particulares da cidade de São Paulo já anunciaram que vão suspender as aulas nesta quarta-feira (15), dia de protestos organizados por entidades estudantis e de docentes.

Colégios como o Equipe, São Domingos e Santa Cruz decidiram cancelar as atividades. A Escola da Vila disse que apoia a manifestação, mas vai manter as aulas. Já o Bandeirantes e o Dante Alighieri, por exemplo, vão funcionar normalmente.

A UNE (União Nacional dos Estudantes) convocou estudantes de todo o país para uma mobilização nacional contra os cortes de verba nas universidades federais anunciados pelo governo Jair Bolsonaro (PSL). Sindicatos ligados à educação já haviam anunciado paralisação e manifestações nessa data contra a reforma da Previdência.

Segundo o secretário-geral do sindicato dos professores de escolas particulares da cidade de São Paulo (Sinpro-SP), Walter Alves, a mobilização nos colégios vai ser bastante variada.

“Alguns vão tirar grupos de representantes para participar dos atos, outros vão conversar com alunos e pais, outros vão suspender as aulas”, diz.

O sindicato orientou os professores a participar das manifestações. “Além da mobilização contra a reforma da Previdência, precisamos defender as instituições públicas de ensino superior e o professor mesmo, que tem sofrido com gravações e ameaças.”

Em São Paulo, o protesto, marcado para as 14h na avenida Paulista, conta com o apoio da UNE e da Apeoesp, o sindicato dos professores da rede estadual.

No Rio de Janeiro, o grande ato está previsto para acontecer por volta das 15h no centro da cidade, entre a Praça 15 e a Igreja da Candelária. Às 17h, a mobilização deve seguir para a Central do Brasil.
Antes disso, porém, vários grupos de diferentes universidades, escolas e setores pretendem se concentrar em outros locais públicos. O tom geral dessas manifestações "prévias" é de mostrar à população nas ruas o que se faz nessas instituições.

A comunidade do Museu Nacional, por exemplo, que sofreu um grande incêndio há oito meses, vai se juntar pela manhã para panfletar seus projetos e esclarecer que a instituição depende do orçamento da UFRJ (federal do estado) —portanto sua pós-graduação deve ser diretamente afetada pelos cortes em bolsas.

Uma das maiores concentrações ocorrerá na própria Praça 15, organizada pelo sindicato de docentes da federal (AdUFRJ). Das 10h às 16h, serão realizadas dezenas de aulas, palestras, performances e oficinas em tendas montadas no local, sobre assuntos que vão de textos gregos a transplante de medula óssea.

"A mobilização vai reunir alunos, professores e técnicos para mostrar o que é feito dentro da universidade e os riscos desse bloqueio do governo, que pode matar todo um patrimônio desenvolvido em décadas", afirma Eduardo Raupp, vice-presidente do sindicato.

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