Economist vê Bolsonaro como 'ameaça' e 'presidente desastroso'

A revista The Economist, referência liberal em todo o mundo, dedica a capa desta semana a Jair Bolsonaro, "A mais recente ameaça da América Latina". No editorial que repete a manchete, acrescenta o enunciado "Ele seria um presidente desastroso".

 

O texto abre dizendo que os brasileiros devem estar se perguntando se Deus, que também seria brasileiro, saiu de férias. "A economia é um desastre, as finanças públicas estão sob pressão e a política está completamente apodrecida. A criminalidade está crescendo, também."

E nas eleições "parece bastante possível" que a vitória seja de Bolsonaro, ou seja, "eles [brasileiros] arriscam tornar tudo pior". Ele "promete salvação; na verdade, é uma ameaça para o Brasil e a América Latina".

É mais um do "desfile de populistas" que abrange ainda Donald Trump, Rodrigo Duterte nas Filipinas, Matteo Salvini na Itália e López Obrador no México. Mas "Bolsonaro seria um acréscimo particularmente desagradável ao clube", acrescenta a revista:

"Se vencesse, ele poderia colocar em risco a própria sobrevivência da democracia no maior país da America Latina."

Fala em "tentação de Pinochet", alertando os liberais brasileiros contra a promessa de reformas como aquelas feitas pelo ditador chileno, que resultaram na "relativa prosperidade de hoje, mas a custo humano e social terrível".

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