Villas Bôas diz que futuro ministro da Defesa 'não poderia ser melhor'

Atual comandante do Exército, o general Eduardo Villas Bôas elogiou, nesta terça-feira (13), a escolha do general da reserva Fernando Azevedo e Silva para ser o novo ministro da Defesa, conforme anunciado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

“Estou feliz da vida”, afirmou Villas Bôas, que disse ser amigo particular do novo ministro. 

Villas Bôas foi um dos que conversou com Bolsonaro sobre a escolha do novo ministro da Defesa —mas havia sugerido a nomeação de um civil, para que houvesse um “equilíbrio” no governo. 

Nesta terça, porém, o comandante elogiou o escolhido, após participar da cerimônia de passagem de comando da 5 Divisão do Exército, em Curitiba.

Para ele, Azevedo e Silva, que comandou a segurança dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, foi chefe do Estado-Maior do Exército, esteve no Haiti e foi ajudante de ordens do presidente, tem experiência militar e política. 

“É um homem de muita experiência; foi uma peça chave no desenvolvimento das Olimpíadas. A escolha não poderia ter sido melhor”, afirmou. 

O comandante voltou a declarar que o Exército, como instituição, é “apolítico e apartidário”, e não deve se envolver no governo de Bolsonaro.

“Embora muitos militares estejam sendo chamados a participar do governo, isso não significa que o Exército, como instituição, esteja fazendo isso”, disse. “O Exército continua no seu papel de instituição de Estado, apolítica e apartidária.”

Durante discurso à tropa, Villas Bôas mencionou o “momento especial” que vive o Brasil, e pediu a união de todos, “para que o país retorne seu caminho de crescimento”.

“Independentemente de corrente ideológica ou partidária, vemos o despertar de uma energia”, disse, citando o patriotismo e o amor pelo país. 

Entre as autoridades presentes no evento, estava o juiz Sergio Moro, futuro ministro da Justiça. 

Moro, que vive em Curitiba, afirmou ter ido para “prestar uma homenagem especial ao comandante Villas Bôas”, que disse ser “uma figura notável”.

O juiz, que serviu no Exército durante a juventude, foi um dos poucos civis que se voltou para Villas Bôas durante as honras militares —momento em que todos se voltam ao general mais antigo. 
 

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