Vice-presidente dos EUA vai a Colômbia discutir crise na Venezuela
O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, viaja para Bogotá, na Colômbia, na próxima segunda-feira (25). Ele participará de reunião do Grupo de Lima para discutir a crise na Venezuela.
Os EUA e o Grupo de Lima, formado por 14 países das Américas, dos quais apenas o México não reconhece Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, tentam pressionar o ditador Nicolás Maduro a sair do governo para permitir novas eleições e a entrada de ajuda humanitária.
"A luta na Venezuela é entre ditadura e democracia, e o momento é de liberdade. Juan Guaidó é o único líder legítimo da Venezuela, e é hora de Nicolas Maduro ir embora", disse Alyssa Farah, porta-voz de Pence, em comunicado.
Pence ajudou a liderar os atos da administração Trump quanto à crise na Venezuela. O país sul-americano sofre com a hiperinflação, que tornou os alimentos e remédios escassos, além de 2,3 milhões de pessoas terem deixado o país. Segundo seu gabinete, Pence deve se reunir com refugiados durante a visita.
Na segunda-feira (18), o presidente americano, Donald Trump, pressionou as Forças Armadas da Venezuela a romperem com o regime de Nicolás Maduro.
O presidente americano advertiu que os militares não deveriam seguir as ordens do ditador venezuelano de bloquear a ajuda humanitária.
“Vocês não vão encontrar porto seguro, saída fácil ou escapatória. Vocês vão perder tudo”, disse o republicano, que voltou a ressaltar que sua intenção é promover uma “transição pacífica” na Venezuela, mas que “todas as opções estão em aberto.”
No domingo (17), uma delegação norte-americana, que incluiu o senador republicano Marco Rubio, visitou a cidade colombiana de Cúcuta, na fronteira com a Venezuela, onde a ajuda humanitária está sendo armazenada.
Enquanto o ditador venezuelano impede a entrada de comida, remédios e outros mantimentos, o plano do líder opositor Juan Guaidó é iniciar a entrega dos pacotes no dia 23 de fevereiro.
Washington não reconhece o governo de Maduro e apoia o líder da oposição, Juan Guaidó, que se declarou presidente encarregado em janeiro e foi reconhecido por 50 países.
A eleição que reelegeu Maduro é considerada ilegítima, uma vez que grande parte da oposição foi impedida de participar.
Maduro é contra a entrada de ajuda no país porque, segundo ele, os Estados Unidos tentam criar uma crise humanitária para justificar uma intervenção militar.
Ainda que muitos países tenham reconhecido Guaidó como presidente encarregado da Venezuela, Maduro ainda tem o apoio de Rússia e China, além das Forças Armadas do país.