Universidade cancela 65 mil diplomas após investigação

A Universidade Iguaçu (Unig), com sede no Rio de Janeiro, cancelou no ano passado 65.173 registros de diploma após ser alvo de investigação do Ministério da Educação.

Diante da situação, alunos do país todo têm sido barrados em concursos públicos, como mostrou o jornal "O Globo".

Os documentos cancelados certificavam os estudos de alunos formados em outras instituições de ensino de diversos estados. 

Por não terem autorização para registrar diplomas, essas outras instituições, não universitárias, procuravam a Unig e outras universidades para fazê-lo.

O problema é que muitos dos cursos não cumpriam requisitos como o de carga horária e mesmo assim os certificados eram registrados.

Segundo o MEC, após denúncia de que a Unig estaria cometendo irregularidades nesse processo, foi instaurado procedimento de supervisão. 

Nele, constatou-se que, de 2011 a 2016, a universidade realizou 94.781 registros de diplomas de cursos de outras instituições.

Para cumprir protocolo de compromisso firmado com o MEC e o Ministério Público Federal, a Unig então revisou esses registros e considerou que 65 mil não cumpriam os requisitos necessários.

Em nota, o MEC acrescentou ainda que a constatação de irregularidades na instituição partiu também de elementos obtidos por uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instaurada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

As investigações levaram o MEC a suspender a autonomia da Unig em 2016, impedindo-a de registrar os diplomas dos próprios alunos e os de outras instituições —a primeira medida foi posteriormente revogada após o cumprimento de medidas do protocolo de compromisso.

Em nota, a universidade reafirmou que os diplomas cancelados foram emitidos por outras instituições de ensino e disse que "uma vez constatado que se trata de um diploma irregular, que não poderia ter sido emitido, o cancelamento do registro é medida impositiva e apropriada às normas regulatórias".

Declarou ainda que não foi objeto de investigação da CPI de Pernambuco.

O ministério afirmou que, ao todo, 25 instituições de ensino foram descredenciadas após comprovação de irregularidades na emissão de diplomas e certificados.

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