Trump diz que poderá pedir a Putin a extradição de russos acusados de ataque hacker

 

O presidente americano Donald Trump disse que poderá pedir a Vladimir Putin, durante reunião com ele na segunda (16), que extradite para os Estados Unidos os 12 agentes de inteligência russos acusados de tentar afetar os resultados das eleições presidenciais americanas de 2016.

Durante uma entrevista à cadeia CBS no sábado (14), Trump também procurou reduzir as expectativas sobre o poderá ser conseguido no encontro.

Indagado se pressionará o líder russo para que envie aos Estados Unidos os agentes russos acusados de  hackear a campanha da democrata Hillary Clinton, Trump respondeu: "É, posso fazer isso".

"Não havia pensado nisso. Mas certamente perguntarei sobre o tema, mesmo que tenha ocorrido durante a administração Obama", acrescentou.

Trump disse ainda que seu Partido Republicano também foi alvo dos piratas russos, mas que tomou maiores medidas de segurança cibernética para evitar esse tipo de coisa.

"Acho que o DNC (Comitê Nacional Democrata) deveria estar envergonhado de si mesmo por ter se deixado hackear", afirmou.

Na sexta-feira (12), 12 agentes russos foram denunciados nos Estados Unidos  sob acusação de promoverem um ataque hacker aos computadores do partido Democrata e da campanha de Hillary Clinton durante as eleições presidenciais de 2016.

A denúncia foi elaborada pelo procurador especial Robert Mueller, que conduz uma investigação sobre a alegada ingerência da Rússia na campanha para as eleições presidenciais dos Estados Unidos. 

De acordo com o procurador-geral adjunto, Rod Risenstein, o caso diz respeito a uma "ciber-operação de grande escala" para roubar informação interna do Partido Democrata.

Onze agentes foram também acusados de "conspirar para invadir computadores, roubar documentos, e distribuir documentos na intenção de interferir" na eleição.

O décimo segundo agente foi acusado de "conspirar para infiltrar-se em computadores de entidades na organização das eleições".

Em março de 2016, em plena campanha eleitoral, o então presidente do DNC, John Podesta, recebeu um email aparentemente verdadeiro, e ao lê-lo clicou em um link contido no documento.

O documento era falso e a partir dessa falha de segurança os que iniciaram o hackeamento se apoderaram de milhares de emails do partido, que posteriormente foram divulgados pelo site WikiLeaks.

Segundo as autoridades de inteligência dos EUA, o grupo de hackers 'Fancy Bear', que tem relações com a inteligência russa, foi responsável do ataque.

A divulgação dos emails expôs as divisões no interior do partido Democrata em plena campanha eleitoral, e os esforços de sua direção para favorecer a candidata Hillary Clinton em detrimento do senador Bernie Sanders.

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