Tire todas as suas dúvidas sobre as provas de meio de ano

Todo ano, cerca de 30% dos vestibulandos passam pelos processos seletivos de meio do ano. Entre eles, há estudantes que não foram aprovados na temporada de provas do fim do ano anterior e outros que utilizam esses exames como treino para os próximos vestibulares.

Há ainda aqueles que estão se preparando há menos tempo, mas que têm boa bagagem de conhecimentos e querem tentar uma universidade privada —a maior parte da vagas do meio do ano é oferecida por esse tipo de instituição. 

E vale a pena prestar esses exames? Para esclarecer essa e outras dúvidas dos estudantes, a Folha conversou com coordenadores de cursinhos e de instituições de ensino superior.

Todas as universidades têm vestibular de meio de ano? 
Não, apenas uma parte delas. Entre as que fazem a prova, a maioria são instituições privadas, como a ESPM, Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-Eaesp), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Universidade Presbiteriana Mackenzie. Entre as públicas dessa lista, estão as 73 Fatecs (Faculdades de Tecnologia) de São Paulo. 

E vale para todos os cursos?
Depende da instituição. Em algumas, essa modalidade de seleção vale para todas as graduações; em outras, é oferecida apenas para parte dos cursos.

Vestibular no meio do ano é mais fácil? 
Não. Em geral, o nível de dificuldade da prova é o mesmo do final do ano. O que ocorre é que a relação candidato/vaga muitas vezes é menor, por haver menos inscritos. “Os estudantes terminam o ensino médio no fim do ano e, normalmente, já prestam o vestibular nessa época”, diz Rivana Marino, vice-reitora do Centro Universitário FEI. 

Quem fica na lista de espera tem boas chances de entrar?
As listas de espera tendem a rodar menos que as do fim do ano. Vinicius Haidar, coordenador do Curso Poliedro, explica que, como há menos instituições oferecendo vagas, as desistências de alunos são menos frequentes. 

Quando não é indicado fazer o vestibular de inverno?
O coordenador do Curso Anglo, Viktor Lemos, diz que é comum os alunos mais ansiosos prestarem a prova e acabarem em universidades que não são seu foco principal. Além disso, a falta de descanso no período, que pode coincidir com as férias, prejudica a preparação para os testes do fim do ano. 
Haidar, do Poliedro, alerta que uma reprovação no meio do ano pode levar a uma sensação de frustração e comprometer o desempenho em provas posteriores. “Para quem faz como teste, é preciso considerar que muitos dos que prestarão no final do ano não prestam agora, e aí você vai se comparar com quem não será seu concorrente de fato.”

A nota do Enem 2018 é aceita nesses vestibulares?
Sim, algumas instituições privadas usam a nota do Enem no processo seletivo. Em outras, o exame nacional compõe a nota. Vale lembrar que a pontuação na prova também é utilizada para ingresso em instituições públicas, por meio do Sisu, cujas inscrições para o segundo semestre estão previstas para junho.

E o ProUni e o Fies? Também valem para o meio do ano? 
Sim. De acordo com o Ministério da Educação, o ProUni (programa de concessão de bolsas de estudo) e o Fies (sistema de financiamento) estarão disponíveis para o segundo semestre de 2019, mas é preciso verificar as regras e os critérios de seleção. 

Como um estudante que ainda não terminou o 3º ano do ensino médio deve se preparar para as provas?
Cheque o conteúdo pedido nos respectivos editais e também resolva os exames de anos anteriores. Na metade do 3º ano, o estudante já teve a maior parte da matéria exigida, diz Vera Antunes, coordenadora do Curso e Colégio Objetivo. No caso dos conteúdos que ainda não aprendeu, o aluno pode buscá-los sozinho. É importante lembrar que quem não concluiu o ensino médio só pode prestar como treineiro. Se aprovado, não poderá reservar vaga para o ano seguinte. 

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