Temer minimiza mensagem de Marun sobre Ciro e diz que ministro tem direito a ter opinião

O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira (24) que o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) tem direito a ter opinião sobre Ciro Gomes (PDT), dois dias depois de vir a público mensagem em grupo no WhatsApp em que Marun chamava o pré-candidato de “débil mental”.

"O PMDB é um partido muito eclético. Vocês sabem disso. E cada um tem as suas opiniões", afirmou Temer após um encontro bilateral com o presidente chileno, Sebastián Piñera, durante a cúpula da Aliança do Pacífico em Puerto Vallarta, México.

"O Marun, como emedebista antigo, mandou na verdade uma mensagem por zap por um grupo de contatos. Ele até brincou ontem [segunda] que, se ele soubesse que viria a público, teria dito outras palavras em relação a um pré-candidato à presidência da República”, disse Temer.

“Mas o PMDB é assim, é um partido em que todos têm a sua opinião, e o Marun expressou a sua."

Neste domingo (22), o jornal O Estado de S. Paulo publicou que Marun chamou Ciro de “débil mental” em grupo de WhatsApp do MDB. O ministro comentava o apoio do centrão ao ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, e afirmou que isso tinha acontecido pelo movimento do governo para impedir a migração para “o débil mental” Ciro Gomes.

Temer afirmou ainda que as chances de o ex-ministro Henrique Meirelles ser candidato estão aumentando cada vez mais. “Ele será candidato”, afirmou.

Na manhã desta terça, Temer se reuniu com o presidente chileno, Sebastián Piñera. Ele afirmou que ambos discutiram a possibilidade de aumentar o livre comércio entre Chile e Brasil.

O presidente viaja nesta terça para Joanesburgo, África do Sul, onde participará da cúpula dos Brics (Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul). Segundo ele, a expectativa para a reunião é positiva. 

Temer terá um encontro bilateral com o presidente chinês, Xi Jinping, com quem vai tratar sobre comércio de carne. Há ainda a possibilidade de um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, para debater vendas de carne.

ACORDO

Na segunda-feira, Brasil e México assinaram um acordo aduaneiro, com objetivo de que as duas aduanas ampliem sua cooperação e troquem mais informação para evitar crimes aduaneiros.

O primeiro encontro em nível presidencial de Aliança do Pacífico (México, Colômbia, Chile e Peru) e Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) terá como resultado uma declaração conjunta em que os dois principais blocos latino-americanos se comprometem a reforçar os laços comerciais, em um contexto de maior protecionismo no mundo.

Os próximos passos da aproximação são menos claros. Dos oito presidentes dos países que pertencem aos blocos, dois faltaram e três devem deixar os cargos nos próximos meses.

Ainda assim, a intenção é criar um discurso de integração em um mundo cada vez mais fechado, principalmente após medidas recentes adotadas pelo republicano Donald Trump —​ele está renegociando o Nafta (acordo de livre-comércio com México e Canadá) e entrou em uma guerra comercial com a China.

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