Sri Lanka vai condenar traficantes à morte, a exemplo das Filipinas

 Diante do que chamou de uma "crescente onda de drogas", o presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, disse nesta quarta-feira (11) que vai começar a condenar à morte traficantes reincidentes, para "replicar o sucesso" do modelo adotado pelas Filipinas

Sirisena anunciou a seu gabinete que "está pronto para assinar mandados de morte" em tais casos, segundo seu porta-voz, Rajitha Senaratne. 

"De agora em diante, iremos executar traficantes sem comutar suas penas de morte", afirmou.​

O tráfico de drogas é condenado com pena de morte no Sri Lanka, mas ninguém é executado no país pelo crime desde 1976. Todas a sentenças haviam sido comutadas para prisão perpétua desde então. 

De janeiro de 2015 a 23 de abril deste ano, a polícia apreendeu 588 kg de heroína, 17.481 kg de hashish e 1.800 kg de cocaína, segundo o governo. 

Segundo Sirisena, há traficantes condenados que continuam fazendo negócio atrás das grades.

"Então propus ao gabinete aprovar a execução de prisioneiros que já foram condenados e continuam trabalhando na prisão", afirmou. 

Mais de 400 condenados estão no corredor da morte no Sri Lanka.

Senaratne afirmou que 19 traficantes tiveram as penas comutadas e agora correm risco de serem executados. 

O porta-voz afirmou que o gabinete aprovou ainda uma proposta do presidente de mobilizar os militares para uma guerra contra as drogas. 

"Nos disseram que as Filipinas tem tido sucesso em empregar o Exército e lidar com esse problema. Vamos tentar replicar seu sucesso", afirmou Senaratne.

Sob o presidente Rodrigo Duterte, 4.200 supostos traficantes foram mortos nas Filipinas, mas ativistas de direitos humanos dizem o número real pode ser o triplo disso. 

Predominantemente budista, o Sri Lanka votou a favor de uma resolução da ONU que pedia uma moratória na pena de morte em 2015. 

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