Sonho das Coreias unidas continua vivo para Tóquio-2020

As negociações de uma possível parceria entre as Coreias, a do Norte e a do Sul, para a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, continuam firmes na pauta dos dois países, mas restritas aos bastidores.

Na semana passada, o ministro da área de esportes da Coreia do Sul, Do Jong-whan, revelou ter proposto ao dirigente da pasta equivalente da Coreia do Norte, Kim LL-guk, a participação dos dois países com equipes unificadas na Olimpíada.

Nos Jogos Olímpicos de Inverno, em PyeongChang, na Coreia do Sul, em fevereiro último, experiência semelhante foi testada, com sucesso, mas apenas com parte minúscula das delegações.

Outros ensaios se repetiram em competições esportivas, como agora nos Jogos Asiáticos, que terminarão domingo (2), na Indonésia, palco também de mais um encontro dos dirigentes de esportes dos dois países.

Unificadas, as delegações voltaram a desfilar na abertura dos Jogos sob a mesma bandeira, que tem o mapa da Península Coreana. Na canoagem (barco dragão, 500 m), a equipe feminina unificada das Coreias comemorou um feito histórico: a conquista da medalha de ouro.

O COI (Comitê Olímpico Internacional), que congrega 206 comitês olímpicos nacionais, busca a neutralidade política e vem incentivando nos últimos anos um acordo entre as Coreias, tecnicamente em guerra desde a década de 50, conflito que foi interrompido com um armistício.

Nas relações internacionais, a Coreia do Norte se defronta com inúmeros países –sobretudo os Estados Unidos–, por visões divergentes em temas variados, principalmente violações nas áreas de experimentos nucleares e de segurança.

O líder norte-coreano Kim Jong-un e o presidente sul-coreano Moon Jae-in devem se encontrar novamente, em setembro, quando a Olimpíada dificilmente ficará fora da pauta, embora não faltem outros temas relevantes. Conflito de qualquer natureza pesa na unificação das equipes olímpicas.

Recentemente, familiares que estavam separados pela guerra puderam se reencontrar em evento que durou três dias, na Coreia do Norte. Foi apenas mais uma reunião da série que ocorre desde 2000. Ela contou com reduzido grupo de selecionados.

Apesar disso, serviu como mostra de que as conversas continuam acontecendo. Um aceno para animar todas as pessoas que sonham com as Coreias unificadas. Na Olimpíada, daqui a dois anos, caso as negociações prosperem, será dado mais um importante passo rumo à paz.
 

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