Setor hoteleiro fechou cerca de 90 hotéis desde a Copa do Mundo de 2014

Pelo menos 90 hotéis encerraram suas atividades nas principais capitais do país nos últimos quatro anos, segundo a Abih (associação do setor). 

Os casos mais graves foram em Belo Horizonte e Salvador, que tiveram, respectivamente, 23 e 21 unidades fechadas.

“A ocupação teve uma pequena melhora recentemente, mas o faturamento ficou mais baixo. Para muitos hoteleiros, a conta não fecha”, afirma Manoel Linhares, presidente da Abih Nacional.

A crise foi uma combinação de superoferta, queda dos preços, desaquecimento do turismo devido à recessão e concorrência de serviços de hospedagem, diz Alexandre Sampaio, presidente do conselho setorial ligado à CNC (confederação do comércio).

“Como no Brasil falta um mecanismo de financiamento para empreendimentos hoteleiros, foi criada a figura de investimentos em condo-hotéis [em que são vendidas cotas a investidores]”, afirma.

“É um modelo que cresceu muito no Brasil e alavancou a oferta por falta de mecanismos que equilibrem com a demanda, sobretudo em capitais onde a expansão foi calcada em uma visão do mercado imobiliário, não do hoteleiro.”

Embora todas as regiões e categorias de negócio tenham sofrido com a redução das diárias médias nos últimos anos, os mais impactados foram hotéis independentes e de pequeno porte, diz Orlando de Souza, diretor-executivo do Fohb (fórum do setor).

“Quando há uma expansão exagerada, a primeira onda de enxugamento da oferta atinge os equipamentos mais defasados, que não têm fluxo de caixa para se modernizar e manter a operação deficitária por seis meses ou um ano.”

 

Aposta física

A Natura vai aumentar de 20 para pelo menos 30 as lojas físicas no Brasil até o fim deste ano, segundo a diretora de varejo, Paula Andrade. 

A empresa pode abrir ainda mais pontos, mas isso depende da disponibilidade de espaços comerciais com as características que ela procura.

“Temos negociações abertas. Priorizamos shopping-centers de grandes cidades, mas avaliamos empreendimento e a localização do ponto lá dentro.”

A empresa pretende integrar o comércio varejista físico, onde clientes podem experimentar os produtos, ao canal online —isso é importante para o mercado de maquiagem, diz Andrade.

As consumidoras precisam testar produtos antes da compra. As lojas, porém, não são um showroom: precisarão ser rentáveis, segundo ela.

R$ 2,7 bilhões
foi a receita da Natura & Co no 1º trimestre 

R$ 1,6 bilhão
é a alavancagem da companhia

 

Receita das distribuidoras de medicamento sobe 8,3% até junho

O faturamento das distribuidoras que atendem drogarias independentes cresceu 8,3% no primeiro semestre deste ano, segundo a Iqvia, que audita o mercado, e a Abradilan (associação do setor).

Em volume, o incremento foi menor: 3,3% na comparação com o mesmo período de 2017.

“Além dos ganhos de produtividade das empresas de distribuição, o sortimento de produtos comercializado tem mudado”, afirma Maria Cristina Amorim, diretora-executiva da entidade.

“Há uma maior presença de itens de higiene, beleza e nutrição, que hoje representam 30% das vendas de farmácias.” Os genéricos são responsáveis por 42,5% da receita das distribuidoras.

A projeção é que o crescimento ao final de 2018 seja similar ao observado no primeiro semestre, diz Amorim.

“As decisões de investimento deste ano já foram tomadas e as contratações, feitas. Não deve haver mudança significativa. A incógnita é 2019, não só pelos indicadores econômicos, mas também pela eleição.”

 

Turismo com os vizinhos

A agência de viagens Almundo, fundada na Argentina e controlada pelo grupo hoteleiro Iberostar, vai investir US$ 15 milhões (cerca de R$ 55 milhões no câmbio atual) em sua operação brasileira em 2019.

O aporte é maior que o previsto para 2018, de US$ 10 milhões (R$ 37 milhões), afirma Luciano Barreto, diretor-executivo no país. A empresa começou a atuar online no Brasil em março deste ano.

“Cerca de 85% dessa verba será usada em marketing e o restante irá para infraestrutura tecnológica”, diz ele.

“Estamos abertos a possibilidade de fazer aquisições, mas hoje nossa prioridade é crescer de forma orgânica.”

O plano da agência é, até o fim deste ano, integrar operadoras de turismo em um marketplace, para que ofereçam serviços na plataforma da Almundo, além de permitir que pessoas físicas trabalhem atendam viajantes.

 

Vestuário A rede francesa Kiabi, dos donos da Leroy Merlin, abrirá em outubro sua segunda loja no país, no shopping West Plaza, em São Paulo. 

Fintech... Com a BRL Trust e a BRZ Investimentos, a Zen lançou um programa de investimento em FIDC (fundo de direitos creditórios) de R$ 1 bilhão.

...empresta A empresa vai oferecer crédito a empreendedores do varejo digital. Os financiamentos deverão ser quitados em até 12 meses.

 

 

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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