Recomeça operação para retirada de meninos de caverna da Tailândia

Recomeçou na manhã desta segunda-feira (9) na Tailândia (madrugada no Brasil) a operação para resgatar as nove pessoas que ainda estão presas dentro de uma caverna alagada no interior do país. 

Não há detalhes de quem será resgatado inicialmente nem um previsão de quanto tempo isto deve demorar. Atualmente ainda estão na caverna oito dos meninos —com idade entre 11 e 16 anos— e seu treinador, de 25 anos. 

Os outros quatro meninos que estavam presos há mais de duas semanas na caverna foram resgatados neste domingo (8), na primeira parte da operação. Ela foi interrompida, porém, ao anoitecer e só recomeçou nesta segunda. 

O grupo retirado da gruta do complexo de Tham Luang foi levado a um hospital em Chiang Rai, capital da região homônima —três garotos seguiram de ambulância, um de helicóptero. O estado de saúde dos resgatados é bom, segundo o chefe da missão, mas eles ainda não tiveram contato com suas famílias para evitar riscos de infecção; as identidades deles não foram divulgadas.

“A operação transcorreu muito melhor do que o esperado”, disse Narongsak Osatanakorn, chefe do centro de comando estabelecido para conduzir o salvamento. Segundo ele, as crianças mais saudáveis foram retiradas primeiro.

A ação teve início às 10h (0h de domingo em Brasília) e mobilizou diretamente 13 mergulhadores estrangeiros e 5 da Marinha tailandesa. A equipe tinha ao todo 90 integrantes.

Segundo o jornal inglês The Guardian, a previsão, no começo dos trabalhos, era de que o primeiro garoto deixasse a caverna às 21h locais (11h em Brasília). Mas isso aconteceu já às 17h40. Cerca de dez minutos depois, uma segunda criança saiu do complexo. O terceiro e o quarto resgates foram concluídos às 19h40 e às 19h50, respectivamente.

Ao longo do dia, alguns veículos chegaram a noticiar que um total de seis crianças teriam sido retiradas de Tham Luang, mas as autoridades desmentiram a informação.

No anoitecer tailandês (fim da manhã no Brasil), o comando suspendeu a operação a fim de repor os suprimentos no interior da gruta e o estoque de oxigênio nos tanques posicionados na rota de saída.

O temor dos coordenadores do resgate é que chuvas fortes voltem a cair na região, o que atrapalharia a nova etapa do resgate. As águas podem bloquear o acesso à elevação rochosa onde o grupo se refugia hoje, quase 4 km para dentro da caverna e a pelo menos 800 m de profundidade.

Nos últimos dias, a baixa precipitação pluvial facilitou a drenagem da água para fora do complexo, mas a região já se encontra na temporada das monções —ventos alternantes que provocam grandes tempestades e podem perdurar até o mês de outubro. Uma ilustração disso foi o temporal que desabou sobre a localidade na manhã de domingo.

A única maneira de retirar o grupo ilhado é navegando por passagens escuras e apertadas (cuja altura em certos pontos não chega a 1 m), cheias de água barrenta e correntes fortes, e também sem muito oxigênio.

Um ex-SEAL da Marinha tailandesa desmaiou fazendo um mergulho no local na sexta-feira (6) e morreu. No sábado (7), autoridades haviam anunciado que a melhor janela para começar a operação seria em até três ou quatro dias.

Para conseguir chegar à superfície, os meninos receberam aulas de mergulho e estão sendo acompanhados, cada um, por dois mergulhadores.

Os meninos e seu técnico, de 25 estavam presos na caverna desde 23 de junho, quando foram visitar o local depois de um treino. Naquele dia, uma chuva forte começou, e a água subiu no complexo, bloqueando a saída.

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