Raoni chega à Europa para 'defender seu povo' contra Bolsonaro

Às vésperas de nova tentativa de viagem de Jair Bolsonaro aos EUA, o Washington Post, com análise e vídeo de seu serviço de checagem, Fact Checker, questionou o presidente e o chanceler Ernesto Araújo por buscarem “ressuscitar a alegação zumbi de que o nazismo era de esquerda”.

Araújo, no fim de semana, tuitou duas vezes sobre sua viagem à Europa. Uma com foto ao lado de Matteo Salvini, político em campanha eleitoral que vem se associando a Mussolini, a outra diante de uma imagem do rei polonês Jan Sobieski, que é idolatrado por terroristas de extrema direita —da Noruega em 2011 à Nova Zelândia em março.

Falando ao italiano Corriere della Sera, o chanceler brasileiro justificou a visita aos dois países e à Hungria, dizendo: “Porque eles querem preservar nossas raízes cristãs”.

Em contraste, o líder histórico caiapó Raoni Metuktire chegou na noite de domingo a Paris, depois de conceder uma longa entrevista a três jornalistas do Le Monde, para a capa da edição de fim de semana do diário francês.

Aos 87, nos 30 anos da viagem célebre que realizou ao lado do músico Sting, “o cacique começa uma nova turnê na Europa para defender a causa de seu povo”. Estão programados encontros com, entre muitos outros, o papa Francisco e o presidente da França, Emmanuel Macron.

'UNIÃO SOVIÉTICA SALVOU O MUNDO DE HITLER'

Colunista de política externa no WP, Ishaan Tharoor destacou os 70 anos do fim da Segunda Guerra na Europa sob o título "Não esqueça como a União Soviética salvou o mundo de Hitler" (acima). Anotou que foram a Moscou os chefes de estado da Índia e da China, "mas não muitos de seus colegas ocidentais".

HUAWEI ENTRE NÓS

Na americana Foreign Affairs, o especialista em política externa Oliver Stuenkel, professor da FGV, escreve que por enquanto “a tentativa de Washington de enquadrar sua campanha agressiva contra a Huawei como uma defesa do Estado de Direito não convenceu muitos na América Latina”. Ressalta que nem Bolsonaro, cobrado por Trump na visita que prestou, se movimentou contra a gigante chinesa de tecnologia.

INVESTIMENTO PÚBLICO DESABA

Extensa reportagem no Financial Times, com dados do FMI, anuncia que “Investimento público nos emergentes cai para o mínimo histórico”. Sublinha que “o declínio foi particularmente notável no Brasil, onde o investimento líquido desabou de 3,9% do PIB em 2010 para 1,3% em 2018”.

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