Queda de produção do São Paulo no returno é motivo para tirar o sono do Morumbi

O São Paulo faz um mau segundo turno. Não é péssimo, mas é ruim. 

Ruim para quem quer ser campeão depois de uma década.

Em sete jogos, o Tricolor ganhou apenas dez pontos, e ocupa a nona posição na classificação do returno do Brasileiro.

É pouco.

Ano passado o Corinthians fez parecido, acabou em 12º lugar ao cabo da segunda metade do campeonato, mas tinha feito a primeira tão boa que assegurou o título assim mesmo.

O Tricolor não pode se dar a tal luxo.

Ao não poder, torna catastróficos resultados como o empate com o América no sábado (22) com quase 48 mil torcedores.

Se manteve a liderança porque o Inter não foi capaz de derrotar o Corinthians em Itaquera, ao apenas empatar em um gol, marcado, diga-se, em óbvio impedimento, deve aos deuses dos estádios, não ao seu desempenho em casa.

Embora tenha feito um segundo tempo melhor que o primeiro, quando achou um gol com Diego Souza no derradeiro minuto, o 1 a 1 acende a luz amarela com tendência ao vermelho, também a cor do Inter. A verde é palmeirense.

Porque nestes tempos de futebol medíocre o resultado é tudo.

O São Paulo poderia ter vencido, não tivesse Reinaldo atrapalhado o que seria o segundo gol nos pés de Nenê, que já tinha dado o primeiro.

Estaríamos aqui saudando o placar e a manutenção da diferença de três pontos sobre o Verdão.

Estaríamos, mas não estamos. 

Porque apenas graças ao gol achado pelo rival Corinthians, de Douglas, o Tricolor manteve o primeiro lugar. Caso contrário estaria um ponto abaixo do Inter.

Houve quem visse falta de alma no fiasco diante dos mineiros.

Mas faltou mesmo, mais uma vez, o futebol de Everton, a amplitude permitida por ele, seus gols e passes para gol.

Ao chegar perto da reta final da maratona do Brasileiro, o elenco curto passa a cobrar seu preço.

Os que fungam no cangote são-paulino têm mais opções, embora, com exceção do Inter, estejam envolvidos em outras competições -- o que pode deixar de ser verdade para o Flamengo já neste meio de semana, caso seja eliminado pelo Corinthians, na Copa do Brasil, assim como o vice-líder pelo Cruzeiro, o que deixará o Alviverde apenas com a Libertadores. 

São-Paulino deve torcer para o Palmeiras permanecer.

O desalento revelado pelos jogadores e pelo técnico Diego Aguirre nas entrevistas pós-jogo pareceu preocupante. 

Apesar de todos terem manifestado saudável realismo ao admitirem a fraqueza do desempenho, ficou uma sensação de cansaço, quase como de quem diz ter chegado ao limite, hipótese até provável um pouco antes da reta final da competição. 

A hora é de injetar ânimo.

Domingo que vem (30) o adversário, o Botafogo, mesmo no Estádio Nilton Santos, pode ser batido sem maiores dramas.

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