Presidente filipino chega a Israel de olho na compra de armas
Acusado de cometer violações de direitos humanos como parte de sua campanha antidrogas, o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, chegou neste domingo (2) a Israel para uma visita de quatro dias em que espera fechar acordos para a compra de armas. É a primeira vez que um líder filipino visita o país do Oriente Médio.
Antes de deixar seu país, Duterte afirmou que esperar "uma maio cooperação em uma gama de áreas importantes mutualmente: defesa, segurança, policiamento, comércio e investimentos".
A venda de armas israelenses para seu governo é um tema crucial em sua agenda, segundo a mídia israelense.
Autoridades filipinas afirmam que o país comprou recentemente armas de fabricação israelense, como fuzis de assalto Galil e pistolas para a sua força policial de 120 mil homens -- à frente da campanha contra o narcotráfico.
Números oficiais da polícia filipina indicam que mais de 4,5 mil suspeitos foram mortos em operações antidrogas no país desde que Duterte assumiu o país, em 2016. Organizações de direitos humanos dizem que o número é ainda maior.
A viagem começa com um evento para a comunidade filipina em Israel, estimados em 28 mil pessoas.
Duterte causou polêmica em 2016 quando comparou sua campanha antidrogas ao genocídio de judeus pelo nazismo durante a Segunda Guerra. Na ocasião, ele disse que ficaria "feliz em assassinar" três milhões de viciados. Depois, pediu desculpas.
Além de se encontrar com o premiê Binyamin Netanyahu, Duterte visitará o memorial do Holocausto em Jerusalém e um monumento que comemora o resgate pelas Filipinas de judeus durante a guerra.
Ativistas israelenses prometeram protestar e pediram ao presidente Reuven Rivlin que não receba o filipino.