Portugal à procura de “candidatos” para porto espacial dos Açores

O projeto de criação de um porto espacial nos Açores arranca formalmente esta segunda-feira. A partir da conferência sobre o mar, organizado pela ESA, será apresentada a “audição formal” que lança o desafio à escala global, convidando todas as entidades que considerem estar à altura de um plano de construção, instalação e gestão de um porto espacial a manifestarem o seu interesse.

Os candidatos devem apresentar propostas até 31 de outubro e um dos pré-requisitos é que o plano contemple a possibilidade de realizar os primeiros lançamentos já em 2021 na ilha de Santa Maria, nos Açores, escreve o Público.

Além de preverem a construção, instalação e gestão de uma base de lançamentos para pequenos satélites (menos do que 500 quilos) a partir dos Açores em 2021, os interessados terão de especificar como vão colaborar com as empresas portuguesas em todo o processo, desde a conceção do projeto até à sua operacionalização.

Também é necessária a resposta a alguns aspectos técnicos, como por exemplo, a descrição da solução de lançamento (que pode ser vertical ou horizontal), a carga a transportar e o número de lançamentos que podem fazer por ano. São ainda obrigatórios detalhes sobre o possível impacto ambiental da instalação de um porto espacial na ilha de Santa Maria.

Sobre o investimento envolvido, estão “três variáveis críticas” em jogo, que têm de ser abordadas pelos proponentes e que vão definir esse valor, segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Manuel Heitor, citado pelo jornal, como o preço de colocar um quilo de material no espaço, a variável da carga do lançamento, sendo que os candidatos podem ou não optar por juntar vários satélites até 100 a 500 quilos, e o número de lançamentos por ano.

Se a proposta passar pela construção de um porto vertical o melhor local, segundo os estudos realizados até agora, será Malbusca, na freguesia de Espírito Santo. Mas o lançamento também pode ser horizontal, através de aviões recorrendo-se ao aeroporto. "O futuro poderá ser na combinação de lançamentos verticais e horizontais", sugere Manuel Heitor.

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