Paulista adapta estrutura e usa camarote para abrigar VAR
Camarote, área destinada ao departamento de futebol profissional e de base e espaço que até então servia para funcionários da manutenção. Esses serão os locais que servirão de sala para o uso do árbitro de vídeo, que será implementado nas quartas de final do Campeonato Paulista. Ao todo, a tecnologia estará em 14 jogos até a decisão.
Palco do primeiro jogo da segunda fase entre Novorizontino e Palmeiras, o estádio Jorge Ismael de Biagi, em Novo Horizonte, adaptou uma sala da coordenação do departamento de base para receber os seis profissionais responsáveis pela operação: o árbitro de vídeo, dois assistentes, dois operadores de replay e um supervisor.
Na Arena da Fonte em Araraquara, que receberá o duelo entre Ferroviária e Corinthians, o local destinado foi a sala de reuniões dentro do estádio. O local geralmente é utilizado para encontros com patrocinadores, atletas e demandas de outros departamentos.
Em Itu, o espaço reservado no estádio Novelli Júnior é um camarote, onde normalmente ficam representantes da FPF (Federação Paulista de Futebol).
No Moisés Lucarelli, que sediará o jogo entre Red Bull x Santos na terça-feira (25), foi adaptada uma sala que fica embaixo das arquibancadas. O espaço é destinado pelo departamento profissional para a assinatura de contrato dos jogadores.
Os estádios da capital também tiveram locais adaptados para receber os profissionais da arbitragem. No Pacaembu, sede dos jogos do Palmeiras contra o Novorizontino na terça e do duelo entre Santos e Red Bull neste sábado (23), será utilizada uma sala próxima de onde ficavam os vestiários antigos do campo, segundo a entidade que comanda o futebol paulista.
O Morumbi, palco da abertura da Copa América, adaptou um espaço que era destinado para funcionários da manutenção. O local fica próximo do caminhão que gera a imagem das partidas. O estádio terá o jogo entre São Paulo e Ituano no domingo (24), às 16h.
Inaugurado em 2014, o Itaquerão é o único que tem uma sala destinada para a equipe do VAR. O local tem duas salas para arbitragem, sendo que em uma delas ficará o árbitro de vídeo. O campo corintiano receberá o jogo de volta das quartas contra a Ferroviária, marcado para a próxima quarta-feira (27), às 21h30.
De acordo com a FPF, todos os locais terão uma equipe de segurança.
Os estádios já foram homologados durante a fase de classificação do Campeonato Paulista. A homologação segue protocolo da Fifa e da Ifab (International Football Association Board), onde o sistema de árbitro de vídeo é testado de forma experimental e off-line, ou seja, sem conexão com o árbitro de campo.
Na Copa do Mundo da Rússia, o sistema funcionou dentro do IBC, prédio que abrigou todas as televisões e rádios que transmitiram o Mundial. Todas as sedes tinham uma ligação física direta com o edifício localizado em Moscou.
A federação paulista será responsável por custear o árbitro de vídeo. A implementação do sistema, que ficará a cargo da da Hawk-Eye Innovations, empresa britânica responsável pelo VAR durante a última Copa do Mundo, na Rússia, será de R$ 28 mil por jogo.
O valor é inferior ao apresentado e custeado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para a disputa da Copa do Brasil de 2018. Na oportunidade, o custo da operação foi de R$ 50 mil por jogo.
No Campeonato Brasileiro de 2019, o custo total será de R$ 49 mil por partida. A CBF pagará R$ 31 mil, enquanto os clubes mandantes vão gastar R$ 18 mil.
O sistema será alimentado com as imagens da transmissão da TV Globo —dona dos direitos de exibição do torneio. De acordo com a federação, serão no máximo 19 câmeras. A entidade não informou o número mínimo, mas depende da emissora que gera as imagens.
Na Copa do Brasil, o número disponibilizado foi entre 14 e 16, dependendo dos estádios, enquanto no Mundial da Rússia haviam até 35 (33 na fase de grupos).
A Fifa e a Ifab permitem o uso do VAR com o mínimo de quatro câmeras.