Oscilações em pesquisas mexem com humor de presidenciáveis; PT busca melhora em SP, MG e RJ

À flor da pele As oscilações de humor do eleitorado captadas pelas pesquisas Datafolha e Ibope mexeram com os ânimos dos candidatos ao Planalto. Jair Bolsonaro (PSL) ficou irritadiço com aliados. Preocupado, chegou a tomar um calmante, segundo pessoas próximas, na quinta (25). No mesmo dia, Fernando Haddad (PT) estava, relatam auxiliares, impaciente e inquieto. Nesta sexta (26), com a melhora dos números, reanimou-se. O PT acredita que o resultado dependerá de três estados: SP, RJ e MG.

Pelas beiradas Bolsonaro lidera com folga nos três colégios eleitorais do Sudeste —os maiores do país. Os petistas acreditam, no entanto, que se Haddad conseguir diminuir um pouco a vantagem do rival, há jogo a ser jogado neste domingo (28), dia da votação.

Se não, pá de cal Os resultados das pesquisas que serão divulgadas neste sábado (27) são vistos como cruciais pelas campanhas. Seria preciso que elas apontassem nova retração no campo de Bolsonaro e algum movimento ascendente de Haddad para dar gás ao discurso petista de que há chance de virada.

Poder do povo Aliados de Haddad reconhecem que uma guinada desse porte na eleição é muito improvável, mas avaliam que o resultado apertado é fundamental para obrigar Bolsonaro a moderar o discurso.

Precoce A bronca pública que o candidato do PSL disparou pelo Twitter, nesta sexta (26), avisando aos que se colocam como ministeriáveis que eles podem se considerar fora de sua lista de opções, foi ideia do filho Carlos Bolsonaro. Ele disse que era preciso colocar um freio nas especulações.

Recíproca O nome da ministra aposentada do Superior Tribunal de Justiça Eliana Calmon é citado por aliados de Bolsonaro como forte possibilidade para o Ministério da Justiça. Ela declarou apoio ao deputado e apareceu em sua propaganda eleitoral.

Recíproca 2 O presidente interino do PSL, Gustavo Bebianno, teria perdido força para a pasta, segundo integrantes da campanha.

Mando eu Apesar de ter sido aconselhado a não sair de casa para votar, Bolsonaro vai às urnas. Seus aliados vão reforçar a segurança, que deve contar com agentes do Bope.

Queimar livros A ofensiva de juízes eleitorais contra manifestações políticas em universidades ampliou sobremaneira a apreensão da comunidade acadêmica. Reitores de instituições federais têm manifestado preocupação quanto ao respeito à autonomia das instituições de ensino caso Jair Bolsonaro seja eleito.

Fora todos Muitos reitores especulam que, escolhido neste domingo (28), tão logo assuma o Planalto, o candidato do PSL fará uma mudança geral nos quadros das universidades públicas federais.

Erraram a dose Politicamente, dirigentes do PT e do PDT acreditam que a ofensiva sobre a academia pode ter ajudado a ampliar o clima de medo em parte dos que estão indecisos por não saberem, ao certo, como seria um governo Bolsonaro.

Prova viva Guilherme Boulos (PSOL) tem usado sua experiência pessoal para ilustrar a tese de que a denúncia sobre impulsionamento de mensagens no WhatsApp, da Folha, desorganizou parte do exército de Bolsonaro. Na última semana, seu número foi adicionado em seis grupos pró-PSL.

Prova viva 2 Boulos denunciou os grupos como spam. Ele vê no episódio um sinal de que os apoiadores do adversário estão tentando refazer a rede de contatos.

Longo prazo Integrantes do Planalto apostam que Mansueto Almeida, secretário do Tesouro Nacional, toparia integrar um governo Bolsonaro.

Eu não Novo tucano rechaça o nome do PSL: Carlos Bezerra, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia de SP, vê no candidato “a cara de um Brasil do ódio, da violência e do revanchismo”. “E pior: de opinião mais volátil do que cotação de moedas.”

TIROTEIO

Houve uma distorção do Judiciário, que tomou partido para proteger candidato fascista. Ficará como marca em sua história

Do ex-ministro da Justiça Tarso Genro, sobre a série de decisões de juízes eleitorais contra manifestações políticas em universidades

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