O que o Morumbi verá no 1º jogo da final do Paulista?

A decisão do medíocre campeonato estadual começa com mais perguntas que respostas. Sejamos francos sem dourar a pílula ou auto-engano.

Vamos dizer as coisas como as coisas são, por mais que seja grande a expectativa na hora da decisão: vocês, rara leitora e raro leitor, esperam um grande jogo no Morumbi?

Por grande jogo entenda um em que os dois times joguem bom futebol.

Dá para esperar o mandante São Paulo, além de confiante e motivado, jogando o que não apresentou até agora exatamente nas finais?

Além do atrevido menino Antony, quem mais tem o tricolor capaz de tirar você de casa para ver?

Aliás, seria a melhor oportunidade para Danilo Avelar mostrar serviço para ser contratado pelo Corinthians, mas a parada duríssima ficará para o também jovem Carlos Augusto.

 

 

Do Corinthians o que esperar?

Todo mundo atrás para garantir um resultado que permita ganhar o tetra-tricampeonato em Itaquera?
Ou estará disposto a tentar jogar no Morumbi?

Em matéria de prognóstico não será arriscado dizer que, se o São Paulo jogar como no jogo de ida das semifinais contra o Palmeiras, e o Corinthians como no de volta contra o Santos, vencerá em sua casa.

Por outro lado, se o tricolor jogar como no segundo jogo, e o alvinegro como no primeiro, é bem provável que a vitória sorria para os visitantes.

Não há dúvidas de que o Corinthians é mais cascudo, tem camisa mais ganhadora nos últimos dez anos e não sofre dos traumas vividos pelo rival, seja por jejum de conquistas, seja por seca em clássicos.

Mas sua atuação no Pacaembu contra o Santos não autoriza nenhum otimismo, diferentemente do que passou a acontecer com o renovado time são-paulino nos mata-matas.

De Tiago Volpi a Everton, há razões para otimismo.

 

De Cássio a Clayson, não, porque apenas o goleiro, o maior da história corintiana, tem 100% de credibilidade. 

Mesmo Gustagol precisa ser olhado com cuidado, porque se a bola não chega na área ele é quase inútil, diferentemente de Boselli mais capaz de jogar o jogo.

O corintiano gosta de chamar o são-paulino de freguês, não sem razão, mas fato é que nos últimos dez Majestosos no Morumbi, o São Paulo venceu quatro vezes e perdeu apenas duas. 

Claro que, se houver o quinto empate neste 11º embate de 2013 para cá, será bom para o time de Fábio Carille, desde que ele não acorde neste domingo (14) e saia de casa só pensando nisso.

A dupla Cuca/Mancini certamente não cogita a hipótese, embora saiba ser possível ganhar pela primeira vez na Arena Corinthians, ou empatar pela quarta vez e ganhar na marca do pênalti como fez na casa verde. 

Em resumo e em bom português, a mediocridade não permite previsões minimamente confiáveis.

Será demais pedir um belo jogo de futebol?

 

Com pedras, não!

Faz muito bem a direção do Corinthians em mandar seu ônibus de volta e não botar o time em campo se houver, como é frequente, apedrejamento da delegação ao chegar ao Morumbi.

Nem a descabida ameaça de WO e perda do jogo por 3 a 0 do presidente do arremedo de Tribunal de Justiça da Federação Paulista de Futebol pode mudar a decisão da cúpula alvinegra.

Mesmo porque o mandante é que deve ser punido caso não dê segurança ao visitante.

É de se imaginar que nestas alturas do campeonato a diretoria do São Paulo já tenha tomado as devidas providências para que nada aconteça.

As providências que o deslumbrado comando palmeirense não tomou ao possibilitar aos bandidos de uma facção alviverde o abalo causado no time antes de vencer o Junior Barranquilla.

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