O Brasil que eu quero

Bonner, já que você teima em não exibir meu vídeo, aqui vão minhas lúcidas contribuições para o seu programa. 

O Brasil que eu quero é um Brasil em que: o governo lance advertências sobre os perigos do mau gosto. “O Ministério da Estética adverte: saia indiana, pochete e cinto grosso com medalhão fazem mal à estética.”

Dilma Rousseff integre o elenco do Zorra Total.

As pessoas ganhem desconto no Imposto de Renda se contarem piadas ridicularizando a própria etnia, religião, gênero ou qualquer identidade coletiva a que pertençam.

As pessoas sejam penalizadas sempre que repetirem clichês políticos. “Precisamos de uma lei para...” ou “se cada um fizer a sua parte”: um salário mínimo de multa. “É preciso fiscalizar e exigir das autoridades”: dois salários. “Bons tempos da ditadura militar, que construiu Itaipu”: 2 anos dividindo cela com o Lula. “A solução é a educação”: banimento perpétuo das redes sociais.

Um médico ou curandeiro resolva os tiques e cacoetes do deputado Rodrigo Maia.

O Brasil que é um quero é um Brasil em que as mesas do Le Jazz tenham pelo menos 20 centímetros entre si.

O horário político seja substituído por um concurso de memes sobre os candidatos.

Os jornalistas não confiem em estatísticas da Oxfam e outras ONGs de esquerda (incluindo a ONU, a maior de todas as ONGs de esquerda). E que entendam a diferença entre “liberal” em português e no inglês americano.

Seja incentivada a tolerância e a diversidade de machos e fêmeas de tomadas, extensões, bocais, pinos e demais modelos elétricos.

A Folha pague melhor os seus colunistas. :)

Ministros do STF tenham que bater ponto oito horas por dia, cinco dias por semana, com direito a férias anuais de 30 dias.

Todos os estabelecimentos comerciais com mais de 100 m² tenham estátuas da liberdade como as da Havan.

A advertência “contém transgênicos” seja substituída por “contém coentro”.

O Facebook crie as opções “Tô nem aí”, “Sei lá, mil coisas” e “Meu deus do céu, que gente chata do *******”.

As pessoas deixem de se reconhecer por essa atividade plebeia e mundana que é o trabalho.

Quatro de julho seja feriado em comemoração à prosperidade e liberdade mundial.

O Prosecco seja banalizado como o pingado da padaria.

Os cidadãos tenham coragem de comentar para amiga do Instagram que seu filho recém-nascido não é, bem, essa gracinha toda, que na verdade tem uma leve semelhança com um joelho.

A Lei Rouanet incentive o retorno de expressões culturais mais edificantes e civilizatórias, tais como o Programa do Ratinho, a Pegadinha do Malandro e sobretudo a Banheira do Gugu.

O Brasil que eu quero é um Brasil em que as mulheres não contem para as amigas quando o cara brochar. Poxa, Ju, sacanagem.

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