'Nós vamos derrotar a minoria, estejam certos disso', diz Nicolás Maduro

“Nós vamos derrotar a minoria, estejam certos disso”, disse o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta terça (5). “Nada nem ninguém pode perturbar a paz da República”, completou, durante cerimônia de comemoração ao sexto aniversário da morte de seu predecessor, Hugo Chávez.

Esta foi a primeira manifestação pública de Maduro desde o retorno do líder oposicionista Juan Guaidó à Venezuela, na segunda (4), quebrando um silêncio de mais de 24 horas. O ditador também convocou protestos "anti-imperialistas" para o sábado (9), em uma referência aos Estados Unidos. No mesmo dia, são esperadas manifestações populares convocadas pelo seu opositor.

Maduro não havia feito qualquer comentário em suas redes sociais a respeito do retorno triunfal de Guaidó a Caracas. Ele voltou ao país de maneira pacífica após uma semana de visitas a nações sul-americanas para angariar apoio contra Maduro, que o havia ameaçado de prisão.

Guaidó se reuniu nesta terça (5), no Colégio de Engenheiros, em Caracas, com representantes de mais de 16 sindicatos de empregados públicos do país, com o objetivo de convocar uma greve que paralise o funcionalismo, aumentando a pressão sobre o ditador. 

Os sindicatos "propuseram iniciar uma série de paralisações escalonadas" para restaurar a democracia e "alcançar a liberdade", de acordo com nota divulgada pela Assembléia Nacional depois do encontro. A  Assembléia Nacional, de maioria opositora, é presidida por Guaidó e teve seus poderes esvaziados por Nicolás Maduro.

“Chegou o momento de brecar um regime que oprime nossos trabalhadores”, escreveu Guaidó no Twitter. “Nossos funcionários públicos querem poder viver de seu trabalho e que haja um patrão que respeite seus direitos trabalhistas”, completou. 

Ao longo do dia, o líder da oposição postou em sua conta no Twitter uma série de trechos de falas de sindicalistas, entre os quais funcionários da chancelaria, da companhia elétrica nacional (Corpoelec) e do Conselho Nacional Eleitoral. Também estiveram no encontro representantes dos setores da saúde, educação, transporte e petróleo.

"É necessária uma mudança política para reativar o setor elétrico, que hoje está paralisado em 70%. Na Corpoelec, há mais de 29 dirigentes sindicais com salários suspensos por expressarem sua insatisfação", disse Reynaldo Díaz, representante sindical do setor de eletricidade de Caracas.

Iván Freites, do sindicato da petroleira PDVSA, denunciou a demissão de 53 trabalhadores da estatal. 

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