Não merece isso, disse Trump sobre nomeado a corte acusado de agressão sexual
O presidente dos EUA, Donald Trump, prestou solidariedade nesta terça-feira (18) a Brett Kavanaugh, seu nomeado para a Suprema Corte americana, após ele ser acusado de agressão sexual por uma ex-colega de colégio.
Segundo a denunciante, Christine Blasey Ford, o jurista a segurou em uma cama, bolinou-a e tentou tirar sua roupa em uma festa em 1982 em Bethesda, Maryland, quando ela teria 15 anos e ele, 17. Ele nega as acusações.
Perguntado sobre a acusação diversas vezes durante o dia, o republicano não mencionou o nome da suposta vítima, mas disse se sentir terrível pelo que está acontecendo com Kavanaugh, sua filha e “suas lindas filhas pequenas”.
“Me sinto muito mal por ele enfrentar tudo isso, sinceramente, me sinto muito mal por ele. Não é um homem que mereça isso”, disse o presidente, que diversas vezes foi alvo de acusações de assédio sexual que ele nega.
Nesta terça-feira, legisladores republicanos e democratas discutem se Ford deve depor na sabatina de Kavanaugh no Senado, na segunda (24). Os opositores de Trump querem mais tempo para que o FBI investigue o caso.
Também esperam mais testemunhas. Uma delas seria Mark Judge, amigo de escola do nomeado de Trump que a denunciante afirma ter estado no quarto onde a agressão aconteceu. Ele disse não se lembrar de um caso do tipo.
A disputa também deve influenciar a campanha para a eleição legislativa. Os democratas apostam nos argumentos sobre a violência contra a mulher e, se Kavanaugh for aprovado, na provável indignação decorrente da decisão.
Já os republicanos são cuidadosos ao serem vistos dando uma chance para Ford ser ouvida. A bancada do partido na comissão do Senado é composta só por homens e eles avaliam incluir advogadas mulheres no depoimento.
Em nota, a defesa de Christine Blasey Ford não descartou que ela compareça ao depoimento, mas disse que prefere uma investigação antes de “ser colocada em rede de TV nacional para reviver este traumático e horroroso incidente”.