Meningite meningocócica pode ser fulminante e deve ser tratada imediatamente

A meningite, doença que causou a morte do neto de 7 anos do ex-presidente Lula, é uma infecção que se instala principalmente quando uma bactéria ou vírus ataca as meninges, três membranas que envolvem e protegem o encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central. A transmissão é por via respiratória.

Mais raramente, as meningites podem ser provocadas por fungos ou pelo bacilo de Koch, causador da tuberculose.

As meningites bacterianas são as mais graves e devem ser tratadas imediatamente. Segundo Celso Granato, professor de infectologia da Unifesp, a doença é fulminante. O risco de morte é de 10% a 20%.  

Os sintomas incluem febre alta e repentina, dor de cabeça, rigidez do pescoço, vômitos, em alguns casos sensibilidade à luz e confusão mental.  

A doença pode ser prevenida com vacinas. Na rede pública, as vacinas protegem contra as meningites causadas pelo hemófilo B, por pneumococo e pelo meningococo C. 

Na rede privada, a vacina quadrivalente protege contra a meningite meningocócica A, C, W e Y. Também há a vacina contra a meningite tipo B. 

Os casos de meningite estão em queda no país. O número de casos caiu 63% entre 2010 e 2016, segundo dados do Ministério da Saúde.

Esper Kallás, professor da Faculdade de Medicina da USP, afirma que a a ocorrência de um caso não é reflexo de surto ou epidemia. "Não estamos totalmente livres da meningite. Só estaremos mais protegidos quando todas as vacinas estiverem disponíveis para todo o mundo e quando todos se vacinarem."

Kallas e Granato lembram também que não existe vacina 100% eficaz. "Sempre há uma taxa de escape. A vacina contra a caxumba protege 70% na primeira dose e 85% na segunda. Já a vacina contra o sarampo protege contra 95% com duas doses. Depende da formulação e das características da doença."

Vacinas contra meningite

Ao nascer

Na rede pública

BCG (Bacilo Calmette-Guerin) – (previne as formas graves de tuberculose, principalmente miliar e meníngea).

Aos 2 meses

Na rede pública

Pentavalente (previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite e infecções por HiB) – 1ª dose. Pneumocócica 10 Valente (previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo) – 1ª dose. 

Aos 3 meses

Na rede pública

Meningocócica C (previne a doença meningocócica C) – 1ª dose. A C conjugada é a melhor.

Aos 4 meses

Na rede pública

Pentavalente (previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite e infecções por Haemóphilus influenzae tipo B) – 2ª dose Pneumocócica 10 Valente (previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo) – 2ª dose

Aos 5 meses

Na rede pública

Meningocócica C (previne doença meningocócica C) – 2ª dose

Aos 6 meses

Na rede pública

Pentavalente (previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite e infecções por HiB) – 3ª dose

Aos 12 meses

Na rede pública

Pneumocócica 10 Valente(previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo) – Reforço Meningocócica C (previne doença meningocócica C) – Reforço

Dos 11 aos 14 anos

Na rede pública

Meningocócica C (doença invasiva causada por Neisseria meningitidis do sorogrupo C) – Dose única ou reforço

Dos 10 aos 19 anos

Na rede pública

Pneumocócica 23 Valente (previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo) – 1 dose a depender da situação vacinal - A vacina Pneumocócica 23V está indicada para grupos-alvo específicos

Fonte: Ministério da Saúde http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/calendario-vacinacao#crianca

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