Medidas para impulsionar economia são minoria em entregas do ministério de Paulo Guedes

O Ministério da Economia apresentou uma lista de 26 medidas entregues nos 100 dias do governo Jair Bolsonaro.

Dez delas dizem respeito à organização do próprio governo, como corte de cargos e funções do Estado, um novo painel para viagens de servidores e critérios para a ocupação de cargos comissionados.

Apesar da economia estagnada, as ações voltadas ao setor produtivo são a menor parte e incluem agendas herdadas do governo Michel Temer, além de medidas de simplificação de alcance microeconômico.

Desenvolvido no governo passado e sancionado na última segunda (9), o cadastro positivo é uma delas. A medida promete melhorar a qualidade das informações dos consumidores e, com isso, reduzir a taxa de juros no longo prazo.

O ministério também colocou na conta o acordo entre Petrobras e União pela exploração de petróleo da chamada cessão onerosa, concluída nesta semana e cuja a responsabilidade é do Ministério de Minas e Energia.

O leilão de áreas excedentes do pré-sal nessa região, contudo, está previsto apenas para o fim de outubro.

Fora isso, o setor produtivo foi atendido com três medidas de simplificação: emissão instantânea de CNPJ na abertura de empresas, facilitação no pagamento de impostos por exportadores e emissão de certidão negativa de débito à distância.

Na área externa, o ministério contabilizou a redução de tarifas de importação de produtos químicos e o acordo automotivo com o México, que liberou o mercado automotivo entre os dois países.

Montadoras brasileiras, no entanto, ainda tentam convencer o governo a voltar atrás, por medo de perderem a competição contra concorrentes mexicanas.

Quatro entregas anunciadas fazem parte do pacote de reforma da Previdência, que está no início da tramitação no Congresso Nacional. São ações como a medida provisória que combate fraudes no INSS e a revisão das carreiras e aposentadorias de militares.

Para o mercado de trabalho, cujo número de desempregados alcança 13 milhões, o ministério apresentou como meta entregue a abertura dos dados do Sine (Sistema Nacional de Emprego), que poderão ser usados por empresas de recrutamento e deverá ajudar a parear vagas e trabalhadores. Os efeitos da medida dependerão da ação dessas empresas.

Além das entregas, o ministério apontou medidas que pretende entregar nos próximos meses, como um pacote de 50 medidas de simplificação dos negócios, a unificação dos impostos federais e privatizações, todas promessas de campanha de Bolsonaro. 

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