Mate X e o Mate 30 series são a aposta para o 5G da Huawei. Mas não é para já

Richard Yu não troca o Mate X por um smartphone normal, mesmo pelo novo P30. Em entrevista o responsável da Huawei falou de planos para o 5G e do bloqueio à tecnologia nos EUA.

O Mate X que Richard Yu mostrou aos jornalistas numa entrevista no MWC19 continua a fazer parte do dia a dia do CEO da Huawei Technologies Consumer Business Group, que admitiu ao SAPO TEK que este modelo é o seu preferido para ver emails, e voltou a exemplificar as suas vantagens.

Ainda usa o Mate X? “Claro! Para mim garanto que ainda uso de forma contínua para o meu email”, e voltou a mostrar o equipamento e a sua funcionalidade. “É realmente fantástico. É tão fino”, explicou aos jornalistas, numa entrevista conjunta com um grupo de vários países. E mesmo com o lançamento do Huawei P30, o CEO da área de mobilidade da Huawei disse ao SAPO TEK que não ia trocar de telemóvel. “Não troco, eu uso os dois, eu adoro a câmara do P30 Pro”, afirmou, referindo as funcionalidades que podem substituir uma câmara reflex e que tinha mostrado em palco perante uma audiência de mais de 3 mil jornalistas e clientes.

Mesmo assim o CEO da Huawei admite que o Mate X que traz consigo é ainda um protótipo das primeiras fases de engenharia, e garante que as versões finais vão ser mais “afinadas”. Questionado sobre a data de lançamento na Europa, voltou a não se comprometer, referindo mais uma vez que o novo smartphone desdobrável estará à venda no segundo semestre, depois de junho, e que só no próximo ano deverá haver condições para baixar o preço, que para já está perto dos 2.300 euros.

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“O nosso modelo dobrável teve muito boa aceitação dos consumidores […] estamos a preparar este há 3 anos e comparado com o da Samsung nós temos muito melhor design […] e a diferença é que o nosso é muito melhor do que os outros”, afirma, lembrando que para já o custo dos ecrãs é muito elevado mas com maior volume de produção o custo vai baixar, e que “talvez no próximo ano possamos chegar ao valor dos mil euros”.

Smartphones 5G? Mate X e o Mate 30 series são a aposta para o 5G da Huawei

E porque o Huawei P30 e P30 Pro não têm uma versão 5G? Richard Yu diz que não fazia sentido nesta fase, porque não há redes. “Neste outono, com o Mate 30 series, haverá mais redes 5G. Agora se comprasse não teria onde o utilizar e por isso pusemos o 4G primeiro”, explica, adiantando ainda que “entre maio e junho alguns países europeus vão lançar redes 5G e por isso vamos ter dois modelos, o Mate X dobrável e o Mate 10 X, que vamos começar a comercializar”.

Mais tarde, no outono, o Mate 30 Series trará também uma versão 5G, apesar de Richard Yu dizer que ainda está a ser discutido internamente se haverá dois modelos, 4G e 5G, ou só 5G no Mate X.

Bloqueio económico ao 5G e a reação da Huawei

Mais uma vez foram colocadas várias perguntas a Richard Yu sobre o bloqueio económico e a disputa que existe nos EUA, e que se estendeu a outros países. O CEO da Huawei Mobile lembrou que a empresa já apresentou uma queixa em tribunal contra o Governo dos EUA, alegando que este bloqueio está a violar as regras constitucionais. “O Governo EUA está a tentar manter-nos fora do mercado 5G, tencionam fazer isso, mas há operadores de vários países a escolher-nos […] a Huawei é o principal fabricante de 5G no mundo, e se querem ser os melhores no 5G têm de usar a nossa tecnologia”, defendeu.

Este bloqueio pode afetar também o crescimento de vendas nos smartphones? Richard Yu acha que não, e que vão manter o crescimento forte. “Só nos EUA e a Coreia do Norte não temos presença forte […] noutros mercados estamos a crescer. O mundo é muito grande, são 7 mil milhões de pessoas”, afirmou, e apesar de desafiado por um jornalista garantiu que a Huawei não quer ter todos como clientes.

Nas respostas Richard Yu mostrou conhecer bem os diferentes mercados, desde a Indonésia à África do Sul, passando pelo Kuwait e a Bielorrússia, respondendo sobre a presença no mercado e os preços, e defendendo o posicionamento e a estratégia que a Huawei desenhou nos últimos anos. “Há 5 anos eramos pouco conhecidos”, lembrou, salientando o caminho que a marca fez.

Quanto aos preços, a fasquia dos mil euros é para manter. “O nosso preço é compatível com os outros smartphones e temos equipamentos de gama média […] estes smartphones têm uma performance elevada e podíamos vender a preços mas altos mas não fazemos isso”, afirmou.

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