Lula fica preso, mas estratégia do PT expôs as contradições do Supremo

“Por que todos, Dirceu, Aécio, Romero Jucá podem aguardar em liberdade e até disputar eleições, menos Lula?”

A questão é levantada pela jornalista Maria Cristina Fernandes, no Valor, ao listar as decisões contraditórias do Supremo Tribunal Federal nos últimos anos e sugerir que a estratégia do PT não liberou Lula, mas deixou a toga derrotada como poder moderador.

“Não foi apenas Sergio Moro que engoliu a isca do PT, ao se pronunciar, de Portugal, a pretexto de ter sido mencionado na decisão do desembargador Rogério Favreto”, diz a colunista.

“Todo o Judiciário foi fisgado pela estratégia do partido”, diz, a começar pelo ministro Gilmar Mendes.

Segundo Fernandes, Gilmar, parceiro inaugural da Lava Jato, “virou a casaca sobre a prisão em segunda instância quando a operação da qual o instituto é pilar, pulou a cerca do petismo”.

“Ao agir sem freio para desmontar a operação, estimulou seus colegas e fez escola”, diz.

O ministro Dias Toffoli parece atuar como aluno aplicado, o que tem sido confirmado nas decisões da Segunda Turma do STF, com apoio de Gilmar e Lewandowski.

Toffoli seguirá os passos de Mendes, prevê Fernandes, e “mostra que pode vir a superá-lo na habilidade”.

“A decisão de Toffoli favorável ao habeas corpus do ex-ministro José Dirceu jogou água no moinho em que vai rodar a campanha petista”, afirma a colunista.

O ministro que presidirá o STF a partir de setembro mandou tirar a tornozeleira eletrônica que Moro havia mandado colocar em Dirceu depois do habeas corpus, lembra a jornalista.

Ela observou que a nota da ministra Cármen Lúcia, no final de semana, tem 67 palavras. “Nenhuma delas forma a expressão Estado de Direito”.

 

 

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