Lula deixa de aparecer na propaganda de Marinho no rádio

A propaganda eleitoral de rádio do candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Luiz Marinho, deixou de ter a narração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira (3).

A mudança em relação ao primeiro programa do petista cumpre a determinação do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) de retirar o material com a voz de Lula —que no primeiro programa narrava a biografia do candidato—, por expor o petista por tempo superior ao permitido pela legislação eleitoral, que é de 25% do tempo da propaganda.

Dessa vez, a estratégia utilizada pelo partido foi fundir a imagem do ex-prefeito de São Bernardo do Campo com a do ex-presidente. Para isso, a campanha traz pontos em comum na história dos dois políticos.

“Ele veio do interior, fugindo da seca. Viveu na periferia e aprendeu o ofício de metalúrgico. Foi uma das grandes lideranças sindicais do ABC. No governo federal fez a diferença na vida dos brasileiros. Como gestor, é lembrado pelas grandes obras. Uma trajetória que se confunde com a esperança de milhões de trabalhadores", diz o narrador.

A propaganda dos candidatos à Assembleia Legislativa de São Paulo do PT também foi alterada. Na sexta-feira (31), o jingle da campanha de Lula, que diz “chama que o homem dá jeito”, “é o Brasil feliz de novo”, foi entoado durante o horário eleitoral. Desta vez, apenas a trilha instrumental foi usada, com a voz do ex-presidente ao final, pedindo votos para os candidatos.

Outra decisão tomada na noite deste domingo (2) deve interferir na propaganda da chapa à Presidência do PT. O ministro Luís Felipe Salomão, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), proibiu o partido de veicular o material transmitido no rádio no sábado (1º), em que Lula apareceu como candidato.

Ele determinou multa de R$ 500 mil para cada propaganda eleitoral veiculada no rádio em desconformidade com a decisão do TSE, que, na madrugada de sexta para sábado, barrou a candidatura do petista com base na Lei da Ficha Limpa.

Sem Lula, Marinho partiu para a desconstrução de seus adversários. Em críticas indiretas a João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (PSDB), o candidato associou ambos ao presidente Michel Temer, .

"Temer tem dois candidatos em São Paulo: um sem palavra e o outro fez você te pato", afirma, listando problemas que atribui à gestão tucana no estado, como trens parados, crise hídrica e falta de investimentos sociais.

Assim como no primeiro programa, a campanha de Doria contou a trajetória do candidato. Já a do governador de São Paulo e candidato à reeleição, Márcio França (PSB), defendeu o legado de Alckmin, listou promessas de campanha e apresentou o político como leal.

"Não se pode trair quem confia em você", diz França.

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