Londres reduz velocidade nas ruas para salvar vidas

Londres vai reduzir a velocidade em importantes avenidas e ruas do centro e dos subúrbios da cidade para diminuir o número de mortes no trânsito.

O prefeito trabalhista Sadiq Khan anunciou que algumas das mais importantes vias da cidade passarão a ter nos próximos meses uma velocidade máxima de 20 milhas por hora —32 km/h.

Hoje, os carros podem transitar na maior parte dessas avenidas e ruas a 50 km/h —ou mais, em alguns casos.

Os radares instalados pela prefeitura vão ser recalibrados. A polícia vai aumentar as operações para multar e educar os infratores sobre a importância da vida.

No total, mais de 200 quilômetros de ruas serão afetados —o que vai ajudar a reduzir significamente o número de acidentes de trânsito.

Apenas neste ano, mais de 20 pessoas já foram mortas em atropelamentos em Londres.

Em 2017, nada menos do que 69 pedestres e ciclistas perderam a vida em acidentes de trânsito na cidade. Uma taxa absurdamente alta e inaceitável para as autoridades londrinas.

Para efeitos de comparação, 132 pessoas morreram em São Paulo apenas nos quatro primeiros meses de 2018.

Caso a média continue, quase 400 pessoas serão mortas por atropelamentos nas ruas da maior cidade do Brasil. Um número muito mais escandaloso do que em Londres.

O prefeito londrino afirmou, coerentemente, que a cidade não precisa e não pode aceitar o elevado número de mortes nas ruas só para acomodar os interesses de motoristas interessados em correr nas vias locais.

E ele tem muita razão, embora essa seja uma discussão em várias cidades —inclusive nas maiores metrópoles brasileiras.

A intenção das autoridades londrinas é controlar o trânsito e a velocidade nas vias para que até 2030 nenhuma pessoa seja morta em atropelamentos na capital britânica.

Isso passa necessariamente pela redução na velocidade permitida aos carros —e não a decisões políticas ou eleitorais.

Segundo estudos das universidades britânicas, carros que atingem pessoas a 30 milhas por hora matam cinco vezes mais pessoas do que automóveis a 20 milhas.

Isso já demonstra claramente a necessidade de se controlar de maneira mais efetiva a velocidade dos carros nas nossas cidades.

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