Justiça determina suspensão de páginas do movimento Revoltados On Line na internet

A Justiça suspendeu a página do movimento bolsonarista Revoltados On Line na internet. 

A decisão, proferida no último dia 10, diz que todos os endereços e perfis de Marcello Reis, fundador do movimento, também devem sair do ar. 

O juiz Olivier Haxkar Jean, do Foro Central Criminal da Barra Funda, tomou sua decisão baseado em um inquérito policial instaurado pelo advogado Nelson Wilians Fratoni Rodrigues.

Reis gravou um vídeo em que empunhava uma faca com o nome do advogado escrito na lâmina.

Segundo depoimento prestado por ele para a polícia civil de SP, a faca não era uma ameaça a Wilians, mas uma alusão ao atentado sofrido do Presidente da República.

O escritório de Wilians alegou que “as postagens criminosas não se encontram protegidas pelo constitucional direito à liberdade de expressão --que não se presta, em absoluto, para pretensamente albergar condutas delituosas”. 

O site Revoltados On Line ganhou projeção na esteira das manifestações de 2013. A página do grupo chegou a ter 2 milhões de seguidores.

No perfil de Reis na mesma rede social, a imagem da capa é dele com o presidente Jair Bolsonaro e com os filhos Flávio, Carlos e Eduardo. Ele chegou a discursar em comícios pró-Bolsonaro.

Reis afirma que não estava ciente da decisão judicial, mas que ela "é uma forma de censura velada" da Justiça. O site critica também personagens como João Doria e o STF (Supremo Tribunal Federal). 

Segundo Reis, Nelson Wilians o teria ameaçado em 2016. "Ele me disse que ia pisotear no meu caixão". 

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