Inadimplência em colégios se mantém, apesar de inflação desacelerar em 2018

A inadimplência nas escolas particulares em São Paulo ficou estável em 2018, após haver recuado no ano anterior, segundo o Sieeesp (sindicato dos colégios). 

A taxa média no estado foi de 8,16% no ano passado, a mesma de 2017. Na capital, o índice também se manteve no patamar dos 12%. 

“São números altos. O ideal é não ultrapassar os 5%. Caso contrário, a pressão financeira é grande, e os custos são repassados a quem paga em dia”, diz Benjamim da Silva, presidente da entidade.

A inflação dos serviços de ensino básico, porém, desacelerou no ano passado. No fundamental, foi 2,9 pontos inferior à de 2017. No médio, 3,2.

“Os reajustes têm coberto a inflação e o dissídio, mas tem havido melhora. Fechamos 2018 com 4% de atrasos e temos uma procura 20% maior neste ano por cursos extras”, afirma Marcos Valverde, do Albert Einstein.

A inadimplência sobe em meses que antecedem o recebimento da primeira parcela do 13º salário, segundo ele. Nessa época, chega a 7% no colégio.

“O atraso por 30 dias aqui é de até 3,5%. A inadimplência é, de 0,5%. Débitos até três parcelas são negociados e, se passam disso, são resolvidos pelos advogados”, diz Mauro de Salles Aguiar, presidente do Bandeirantes.

“Nós também não rematriculamos quem não está em dia, em nenhuma hipótese.”

“Há alguns anos, não era uma preocupação, mas tivemos de criar uma estrutura para identificar as famílias que têm dificuldade [de pagamento] e iniciar a negociação o quanto antes”, diz Esther Carvalho, do Rio Branco.

 

Teto de banda larga

Uma residência em área urbana tem uma chance 15% maior de estar conectada à internet que um domicílio em zona rural, aponta estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

A expansão da banda larga está ligada a educação e renda, e chegará a, no máximo, 45 milhões de casas, de acordo com a pesquisa.

“A falta de banda larga é um fator restritivo até mesmo para educação, além de uma mudança na qualidade de vida”, afirma Mário Jorge Mendonça, um dos autores do levantamento.

A tecnologia da conexão, mesmo nos municípios onde há grande cobertura, é dividida quase igualmente: 32,5% por linha telefônica, 35,8% por fibra ótica ou cabo e 31,7% via internet móvel.

O preço é uma variável importante para determinar a natureza da conexão, mas, segundo o texto, não há dados que possibilitem medir a intensidade da troca de tecnologia (bem substituto).

 

Sazonalidade na obra

O nível de emprego na indústria da construção pesada em São Paulo caiu 8,7% em 2018, segundo o Sinicesp (sindicato do setor). Foram eliminados 6.186 postos de trabalho.

O período com maior retração foi dezembro, quando quase 2.100 vagas foram fechadas —o mês costuma ser o pico das demissões, de acordo com Carlos Alberto Prado, da entidade.

“Normalmente contratações e obras voltam em janeiro, ainda que talvez não sejam significativas o suficiente para retornarmos aos patamares de novembro.”

A retomada do emprego, porém, poderá sofrer algum atraso por causa das trocas de comando dos órgãos nos governos estaduais e no federal.

“Muito se fala de PPP e concessões até aqui, mas de efetivo neste momento só há recuperações e inspeções de barragens, algo que não vai demandar tanta mão de obra.”

 

Cereal até o teto

A cooperativa agroindustrial Integrada, de Londrina (PR), deverá investir pelo menos R$ 50 milhões em sua operação neste ano, de acordo com o diretor-presidente Jorge Hashimoto.

A maior fatia do aporte deverá ir para a construção de armazéns de grãos, sobretudo milho, trigo, café e soja —este último, o carro-chefe da empresa, segundo o executivo.

“Projetamos alcançar os R$ 3,6 bilhões de faturamento em 2019, e a prioridade será aumentar nossa infraestrutura, que não tem mais comportado nosso crescimento”, diz ele.

Uma parte do investimento também irá para melhorias nas fábricas da cooperativa, que processam suco de laranja, rações e milho. 

O valor pode subir se a Integrada inaugurar mais unidades em São Paulo, onde começou a se expandir. São seis operações atualmente.

R$ 3,3 bilhões
foi a receita da em 2018, um crescimento anual de 24%

1.700
são os funcionários

9.850
são os cooperados

 

Hora do café

com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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