Fora do pódio na Liga, vôlei masculino acende sinal de alerta

A derrota por 3 sets a 0 para os Estados Unidos neste domingo (8), em Lille (FRA), na decisão da medalha de bronze da Liga das Nações (nome atual da antiga Liga Mundial de vôlei), significou mais do que ampliar o jejum da seleção brasileira masculina na competição, sem vencer o torneio desde 2010.

A classificação final, somada ao desempenho ruim da equipe comandada pelo técnico Renan Dal Zotto na fase decisiva da Liga das Nações, acende um sinal de alerta para a seleção brasileira.

A maior preocupação é em relação à principal competição da equipe neste ano, o Campeonato Mundial, marcado para acontecer na Itália e Bulgária, entre os dias 9 a 30 de setembro.

Com um elenco que tem na falta de renovação seu maior problema —a média de idade do grupo que disputou a Liga é de quase 29 anos—, o Brasil terá que torcer também para que as lesões não atrapalhem sua trajetória no Mundial.

Durante a Liga das Nações, inclusive na fase final, Dal Zotto --que assumiu o comando da seleção no lugar de Bernardinho, após a conquista da medalha de ouro na Olimpíada Rio-2016-- enfrentou problemas com as contusões de seus atacantes de ponta.

Ricardo Lucarelli (que nem chegou a disputar a Liga), Lipe e Maurício Souza foram os ponteiros que acabaram cortados por lesão, obrigando o treinador a fazer diversas improvisações durante o torneio.

Mas apenas os problemas físicos não explicam o fraco desempenho da seleção brasileira, que pela quarta vez neste século ficou fora do pódio da Liga.

Antes, o Brasil já havia terminado sem medalhas nas edições de 2008 (4º lugar), 2012 (6º) e 2015 (5º).

Além disso, só na fase final em Lille, o time brasileiro foi derrotado três vezes: França (3 a 2), Rússia, na semifinal (3 a 0), e Estados Unidos (3 a 0), na disputa do bronze. 

O título da Liga das Nações acabou ficando com a Rússia, que na decisão venceu a França por 3 sets a 0.

Ainda assim, após a derrota para a seleção americana, Renan Dal Zotto tentou encontrar um ponto positivo para analisar a campanha do Brasil.

"Temos que destacar o espírito de guerra. Cometemos muitos erros que não se pode cometer, mas tentamos o tempo todo. Arriscamos em alguns momentos, principalmente no saque, mas era a forma que tínhamos de equilibrar o jogo", afirmou o treinador ao site da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).

O levantador titular Bruninho admitiu a frustração pela quarta colocação da seleção em Lille.

"A medalha era muito importante para todos nós, que seria muito valiosa e honrosa pela competição e todas as dificuldades que tivemos. Hoje o voleibol está muito equilibrado. E nós precisamos trabalhar, treinar, e com a quantidade de viagens, ficou muito difícil. O resultado machuca. Ficar fora do pódio dói, mas estou orgulhoso do que esse grupo fez", afirmou.

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