Folha Informações fará checagem de mensagens mandadas por leitores

Sob o nome Folha Informações, o jornal publicará checagens de informações recebidas de leitores. Internautas poderão enviar textos, fotos e vídeos que acreditem ser falsos para dois canais: o email leitor@grupofolha.com.br e o WhatsApp.
 
Para se comunicar com o jornal pelo aplicativo de mensagens, salve o número do WhatsApp da Folha (0-xx-11 99490-1649) na sua lista de contatos e nos mande uma mensagem com o conteúdo a ser checado.
 
Pode ser áudio, vídeo, corrente, imagem ou notícia que circule pelo aplicativo ou por redes sociais, como Facebook ou Instagram. O jornal fará uma seleção do conteúdo a ser checado e publicará o resultado desse trabalho.

 

Durante a campanha eleitoral, a Folha integrará também o Comprova, coalização de empresas de mídia que checará informações relativas ao assunto.
 
Em seu novo Projeto Editorial, divulgado em março de 2017, a Folha destaca a relevância do jornalismo profissional para manter nítida a distinção entre notícia e falsidade. O documento argumenta que jornais pautados pelo diálogo pluralista fazem contraponto à intolerância que assola as redes sociais.

A Folha tem o desafio de fazer prevalecer os valores do jornalismo profissional na cacofonia própria do meio digital, em que realidade e rumor tendem a se confundir com igual estridência nos meios digitais.

Entende-se por jornalismo profissional aquele que segue regras técnicas e padrões de conduta que garantem relatos fidedignos de fatos relevantes.
 
O nome Folha Informações remete a uma seção criada pelo jornal em 1943. Ela surgiu em 22 de julho de 1943, por iniciativa do jornalista e poeta Guilherme Almeida (1890-1969).
 
Segundo Ana Estela de Sousa Pinto, repórter especial da Folha e autora do livro "Folha Explica Folha" (2012, Publifolha), o Folha Informações, que funcionava por telefone, era uma espécie de Google dos anos 1940 para tirar dúvidas, que variavam da hora certa a “idade do diabo".
 
O serviço foi criado após uma viagem de Almeida a Montevidéu, no Uruguai. Na ocasião, o ex-diretor da Folha precisava de uma informação e um recepcionista do hotel em que ele se hospedara sugeriu-lhe tirar a dúvida por um serviço de telefone.
 
Encantando com a eficiência do serviço, Almeida conseguiu implantá-lo na Folha seis anos depois, ainda que desacreditado por Octaviano Alves Lima (1883-1972), então proprietário da Empresa Folha da Manhã -que publicava os jornais Folha da Manhã e Folha da Noite.
 
No início, o serviço fornecia gratuitamente a hora certa, a função de despertador e o horário dos trens, das 7h às 23h. Com o tempo, passou a informar horários de voos e de navios. Para responder as dúvidas, as telefonistas dispunham de arquivos do próprio jornal, enciclopédias, guias, mapas e dicionários. Para usufruir do serviço, o leitor pagava apenas a ligação.
 
A forma original criada por Almeida permaneceu em funcionamento até 1992. Única no país, a iniciativa foi elogiada pelo jornal americano Miami Herald. Tamanho sucesso fez o serviço ganhar, em 1962, um quadro semanal no programa Ultralar, da extinta TV Excelsior. A atração fazia um retrospecto das perguntas mais curiosas, sugestivas ou difíceis, como qual o tempo de vida de uma pulga, qual a produção diária de leite de uma baleia em fase de lactação e qual a flor considerada símbolo da Hungria.
 
O serviço voltou a funcionar em 1993 de forma informatizada. Os leitores ligavam para o número do jornal, que funcionava 24 horas por dia, e ouviam uma gravação com informações como horários de shows, cotação do dólar e resultados da loteria. O recorde de ligações num único dia aconteceu em 15 de fevereiro de 2001, com 20.428 ligações. Canções de participantes do Rock in Rio 3 foram a atração.

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