EUA avaliam aplicar sanções à China devido a prisão de islâmicos, diz jornal

Os Estados Unidos avaliam aplicar sanções econômicas contra a China em retaliação à detenção de membros de minorias muçulmanas em grandes campos, informou nesta segunda-feira (10) o jornal The New York Times.

Segundo integrantes do governo de Donald Trump, elas atingiriam aliados e empresas ligadas ao regime comunista e também limitariam a venda de tecnologia usada para espionar os uigures e outras etnias islâmicas chinesas.

Seria a primeira vez que o presidente republicano puniria Pequim por violações de direitos humanos. O New York Times afirma que as discussões ganharam força há duas semanas por pressão de parlamentares americanos.

A pressão dos legisladores veio na esteira da reação global ao informe de um comitê de direitos humanos da ONU que atestava que mais de 1 milhão de islâmicos eram mantidos em um campo de detenção secreto na China.

O documento também citava que mais de 2 milhões de pessoas de minorias étnicas foram submetidas a doutrinação política na província de Xinjiang, no noroeste do país, que concentra a maioria da população muçulmana chinesa.

Nos campos eles são obrigados a assistir aulas diárias, criticar o islamismo, estudar a cultura da maioria han e jurar lealdade ao Partido Comunista. Alguns afirmam ter sido torturados pelos seguranças do centro de detenção.

No domingo (9), a ONG Human Rights Watch também publicou um informe dizendo que as violações de direitos humanos nos seis anos da administração de Xi Jinping são as maiores desde a Revolução Cultural (1966-1976).

A organização também recomendou à comunidade internacional uma retaliação a Pequim, incluindo a cassação de vistos de funcionários chineses e a exportação de tecnologia —mesmas medidas avaliadas pela Casa Branca.

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