Em dia de atos contra racismo, Nova Zelândia anuncia cerimônia para vítimas de Christchurch

A Nova Zelândia organizará na próxima sexta-feira (29), uma jornada nacional em memória das vítimas dos ataques de Christchurch.

O evento acontecerá em Christchurch, exatamente duas semanas após o atentado executado por um australiano supremacista branco, que abriu fogo e matou 50 muçulmanos que oravam nas mesquitas em 15 de março.

O anúncio foi feito neste domingo (24), pelo gabinete da primeira-ministra Jacinda Ardern, mesmo dia em que milhares marcharam no país contra o racismo e para lembrar as vítimas do atentado.

"A cerimônia será a oportunidade de mostrar mais uma vez que os neozelandeses são compassivos, inclusivos e diversos, e que vamos proteger estes valores", afirmou a primeira-ministra Jacinda Ardern em um comunicado.

"A jornada nacional proporciona uma oportunidade para que os moradores da região de Christchurch, os neozelandeses e as pessoas de todo o mundo se unam para honrar as vítimas deste ataque terrorista", completou.

Em Christchurch, cerca de 15 mil pessoas compareceram em um parque próximo à mesquita de Al Noor, uma das duas atacadas, para uma vigília. A vigília começou com uma oração islâmica, seguida pela leitura dos nomes dos mortos.

Mais cedo, mais de mil pessoas marcharam no centro de Auckland, capital do país, segurando cartazes que diziam “vidas de migrantes importam” e "refugiados, sejam bem-vindos”.

O massacre abalou profundamente um país que normalmente se orgulha de sua vida tranquila e provocou uma comoção global.

O autor do massacre transmitiu ao vivo o ataque contra pessoas que estavam apenas orando. Além de matar 50 pessoas, o atentado também deixou dezenas de feridos, alguns em estado grave.

Brenton Tarrant, australiano de 28 anos, foi detido poucos minutos depois dos ataques e foi indiciado formalmente.

Muçulmanos representam pouco mais de 1% da população do país, que tem cerca de 4,8 milhões de pessoas, segundo um censo realizado em 2013.

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