Eletrobras dá mais prazo para venda de distribuidoras
A Eletrobras propôs aos seus acionistas postergar o prazo limite para se desfazer do controle das seis distribuidoras de energia que o governo tenta privatizar.
O leilão das empresas já está marcado para o dia 26 de julho, mas entraves legais e no Congresso dificultam o cumprimento do cronograma.
A estatal havia definido o dia 31 de julho como prazo limite para permanecer operando as distribuidoras, independente de concretizada a privatização.
Agora, propõe a seus acionistas esticar o prazo para 31 de dezembro. É a segunda prorrogação - o primeiro prazo venceu no fim de 2017.
O tema será discutido em assembleia de acionistas agendada para o dia 30 de julho, informou a estatal em comunicado divulgado nesta sexta (29).
A avaliação do governo é que, mesmo que o leilão seja realizado, será preciso estender o prazo para dar tempo de resolver entraves burocráticos e legais para a transferência da operação aos novos donos.
A Eletrobras vai vender seis distribuidoras, que operam no Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Alagoas e Piauí. O processo, porém, depende de aprovação do Congresso e está sendo questionado por ações dos estados no STF (Supremo Tribunal Federal).
As empresas foram transferidas à estatal após o processo de privatização do setor, nos anos 1990, e vêm registrando prejuízos recorrentes. O governo alega que a iniciativa privada pode aumentar a eficiência das operações.
As distribuidoras serão vendidas pelo valor simbólico de R$ 50 mil, além do compromisso com investimentos na melhoria do serviço prestado. Para limpar o balanço das empresas, a Eletrobras assumiu cerca de R$ 11 bilhões em dívidas.