Educação socioemocional

A educação socioemocional abrange desenvolvimento de habilidades, como esperar a vez, lidar com emoções —raiva, tristeza, ansiedade, frustração— de forma apropriada, seguir regras, tomar decisões, buscar empatia.

O aprendizado começa assim que a criança nasce e dura a vida inteira. Começa com as pessoas mais próximas e, depois, com a exploração do ambiente à sua volta.

Desde bebê, o desenvolvimento cognitivo, físico, de linguagem e socioemocional ocorre junto e paralelamente. Os três primeiros são facilmente mensuráveis. Sem um desenvolvimento saudável das habilidades sociais e emocionais, a criança encontrará dificuldades acadêmicas, profissionais e pessoais.

Em outras palavras, não poderá desenvolver todo o seu potencial. No entanto, é possível superar muitas dificuldades com um bom desenvolvimento emocional.
 
Pesquisas apontam que crianças que verbalizam e descrevem sentimentos terão mais amigos e serão menos agressivas. Podemos mensurar a educação socioemocional também por meio do sucesso acadêmico. As habilidades socioemocionais estão presentes em todas as atividades curriculares, seja na matemática, nas ciências ou nas artes.

 Uma boa estrutura emocional fará com que a criança se torne um adulto mais independente, autônomo e seguro para tomar suas próprias decisões. O nosso cotidiano é rico em interações.

O desenvolvimento ocorre a cada momento do dia e a cada interação. Pode ser entre criança e adulto, entre criança e ambiente e mesmo entre elas próprias.

O melhor aprendizado ocorre quando há o exemplo da reação dos adultos frente a situações cotidianas, o interesse sincero pela vida da criança, respeitando as diferenças e, acima de tudo, com limites e expectativas de acordo com a faixa etária.

Não são necessários materiais especiais ou hora marcada. Imagine que o seu filho de três anos está voltando da escola e conta que precisou negociar o uso da bicicleta com um colega. Veja quantas habilidades foram desenvolvidas em uma situação tão corriqueira: linguagem oral, resolução de conflitos, esperar a vez, comunicar emoções e pontos de vista, tomar decisões.

O adulto pode colaborar ao se envolver mais com a vida das crianças e impor regras claras. Ter a disposição de participar de atividades descontraídas —sem a distração de celular ou computador— proporciona momentos marcantes.
 
Os melhores bate-papos são aqueles sem planejamento, quando parece que estamos “jogando conversa fora”? Será que jogar conversa fora é trocar ideias? É entender e saber sobre a vida do outro? É colocar as suas opiniões de maneira não agressiva? A minha resposta para essas perguntas é não. 

As crianças podem ser estimuladas a se desenvolver em atividades com adultos sintonizados, que possam dar bons exemplos e formar laços positivos, participar de atividades em grupo —sejam elas em família ou com amigos—, praticar esportes e colaborar nas atividades domesticas.

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