Conselheiro de Trump que cooperou com apuração de obstrução de justiça deixará cargo

O conselheiro jurídico da Casa Branca Donald McGahn, que esteve ao lado de Donald Trump desde a campanha presidencial de 2016, deixará o cargo nos próximos meses, afirmou o presidente americano nesta quarta-feira (29).

A notícia vem poucas semanas após o jornal The New York Times revelar que McGahn cooperou com o procurador especial Robert Mueller, que investiga a suposta interferência russa nas últimas eleições presidenciais, nas apurações sobre obstrução de justiça por parte do republicano.

Três integrantes do alto escalão do FBI foram demitidos após atritos com Trump desde o início das investigações sobre o caso, que o presidente americano chama de "caça às bruxas".

Trump também voltou a atacar o secretário de Justiça americano, Jeff Sessions, na última semana, afirmando que escolheu uma pessoa "que nunca teve controle sobre o Departamento de Justiça” e que isso “é meio que uma coisa incrível”.

O republicano afirmou que McGhan sairá logo após a audiência de confirmação do juiz conservador Brett Kavanaugh para a Suprema Corte americana, o que deve ocorrer em setembro. O conselheiro trabalha para garantir a aprovação do indicado.

 

"Eu trabalhei com Don por muito tempo e realmente estimo o seu serviço!", escreveu o presidente americano.

O relacionamento entre os dois estava abalado desde que McGahn foi incapaz de impedir que Sessions se afastasse das investigações sobre a Rússia. Na ocasião, Trump disse que precisava de um secretário que pudesse protegê-lo.

O republicano também pediu para o conselheiro demitir o procurador Robert Mueller em junho do ano passado. Mas, diante da ameaça de renúncia por parte de McGahn, o presidente recuou.

As sucessivas crises com as quais teve de lidar no governo podem ter servido de combustível para a saída do cargo, segundo pessoas do círculo de Trump ouvidas pelo The Washington Post.

O jornal afirma que o conselheiro atuava como interlocutor de Trump para autoridades do Departamento de Justiça e tentava pacificar conflitos. A saída pode prejudicar a relação já desgastada entre o presidente e investigadores.

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