Com doença nos nervos, técnico uruguaio quer prêmio após 12 anos

Convocado para refundar o futebol uruguaio em 2006, o ex-professor de escola primária Oscar Washington Tabarez Silva tanto aceitou o desafio como completou 12 anos à frente da seleção.

Chegou à Rússia aos 71 anos como o técnico mais longevo na mesma seleção. São 18 partidas dirigindo o Uruguai em Copas do Mundo, desde 2010.

Apesar de um quarto lugar em 2010, na África do Sul, a expectativa dele é a de que na Rússia, finalmente, as glórias da primeira metade do século passado voltem à Celeste.

O Uruguai enfrenta a seleção de Portugal neste sábado (30), às 15h, em Sochi, pelas oitavas de final do Mundial.

Em Montevidéu, Tabarez cresceu sob a sombra daquele passado glorioso, ratificado no Maracanã em 1950, no Mundial do Brasil. “Sempre era dito que o Uruguai entrava nas competições apenas para ganhar”, disse o técnico.

Sem querer imaginar como será a partida contra Portugal, mas também seguro que preparou o time bem, “e estamos nos preparando, pouco a pouco, faz 12 anos”, ele não esconde a vontade de levar o Uruguai até o jogo decisivo da Copa, em Moscou.

Na cabeça do experiente treinador, essa geração de futebolistas uruguaios, como ele diz, é uma das melhores em décadas. “Claro, estamos falando de um país que tem dificuldades, porque somos pequenos.” Mas, para esta Copa, a geração vice-campeão do Mundial sub-20, em 2013, renovou o estilo da seleção. Nomes como Nandez, Vecino, Bentancur e Arrascaeta deram mais técnica.

Tabarez tem se comportado como um líder tanto para os jovens quanto para os mais experientes como Suarez, Godin e Muslera. O pensamento do treinador está em treinar e fazer o melhor plano possível para o Uruguai passar por Portugal e seguir à frente.

Tanto que ele ignora a doença neurológica diagnosticada há dois anos. Tabarez sofre da síndrome de Guillain-Barré, que afeta os seus nervos periféricos, mas que não o impede de trabalhar. E de pensar o futebol de forma lúcida.

“É uma doença crônica. Às vezes está um pouco melhor. E às vezes há certas oscilações. Deixo tudo nas mãos dos fisioterapeutas, com os médicos”, falou o técnico há dois anos, durante uma Copa América, quando o surgimento da doença levantou dúvidas sobre a continuação dele no cargo.

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