Chuva fraca faz setor de venda de energia discutir autorregulamentação

A alta do valor de liquidação de energia e o aumento do número de comercializadoras acendeu a luz amarela no mercado livre, aquele em que os grandes clientes podem escolher de quem adquirir.

Há receio de que haja empresas que não possam entregar o volume vendido.

Depois de terem incorrido nesse problema, duas empresas, a Vega e a Linkx, só podem comercializar se tiverem pago pelos contratos.

Há três outras companhias que enfrentam riscos semelhantes, segundo pessoas que conhecem o mercado.

O começo do ano é uma época em que o valor do preço de liquidação do megawatt cai, porque costuma chover mais. 

Em janeiro e fevereiro, no entanto, houve menos água do que se esperava, e isso frustrou as expectativas de quem estimava pagar pouco.

“Houve um grande número de empresas que começaram a transacionar nos últimos anos. Agora, precisamos conversar sobre autorregulamentação”, afirma Alan Zelazo, da Focus Energia.

Quase não há barreira de entrada para comercializadoras, de acordo com Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc Energia.

“A autorregulação será para ensinar as companhias a operar dentro de um risco balizado pelo mercado, com parâmetros que as comercializadoras vão obedecer.”

A CCEE, a câmara de comercialização, monitora as participantes e tem acompanhado os números, segundo o conselheiro Roberto Castro. “Só podemos dar publicidade a problemas quando elas precisam ter operações assistidas.”

 

Histórico econômico

O PIB nacional recuou 1,2%  em termos reais entre 2015 e 2018, durante o mandato que Dilma Rousseff iniciou e Temer terminou, o que coloca a recessão como a mais acentuada pelo menos desde 1904.

Nos últimos 24 anos, a taxa média real de crescimento da economia brasileira foi de 2,3% ao ano, segundo a FGV com base em dados do Ipea. 

O primeiro mandato de FHC e os dois de Lula registraram alta acima da média desde 1995, segundo o pesquisador Marcel Balassiano.

O biênio 2015 e 2016 teve queda média de 3,4%. “Além da última crise, só tivemos outro período de dois anos consecutivos de recessão nos anos 1930”, e a recente teve uma piora mais acentuada, afirma ele.

“Tivemos uma baixa grande da taxa de investimentos também, que só voltou a oscilar positivamente em 2018, de 15% para 15,8%. Ainda é pouco, mesmo se comparado a países emergentes na América Latina”, diz Balassiano.

O PIB de 2018 foi 1,1% positivo, de acordo com o IBGE.

A estimativa da FGV para o crescimento de 2019 é de 2,1%.

 

Este texto contém glúten

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu que os restaurantes da rede Bob’s no Mato Grosso do Sul precisam explicitar nos rótulos de seus produtos a expressão “contém glúten: o glúten é prejudicial à saúde dos doentes celíacos”.

A ação, derrotada em instância inferior, foi movida inicialmente por um grupo de aposentados do estado, mas foi o Ministério Público que recorreu e levou o caso ao STJ.

Não havia legitimidade da promotoria para isso, argumentou o representante legal do Bob’s, o advogado Felix Jayme da Cunha.

“O tribunal admitiu as razões do MP e entendeu ainda que deve prevalecer o aviso na embalagem —já havia o texto sobre o glúten, mas além disso haverá a explicação que é prejudicial aos celíacos, algo que eles já sabem.”

A ministra Maria Isabel Gallotti, relatora do caso, considerou que explicitar a presença do item é insuficiente, e que é necessário haver a advertência correta, clara, precisa e ostensiva sobre o dano que acarreta à saúde dos intolerantes à substância.

 

Ensino japonês

A rede de ensino Kumon, de origem japonesa, vai abrir ao menos 140 franquias no país neste ano, segundo o presidente da marca no Brasil, Masami Furuta.

“Só no primeiro trimestre, serão 70 aberturas já programadas ou em obras”, afirma.

A companhia vai investir cerca de R$ 12 milhões em sua operação brasileira em 2019. Parte dos recursos será destinada a subsídios dados a franqueados para expansão de suas unidades, segundo o diretor de expansão, Julio Segala.

“Haverá, também, aportes em renovação de material didático”, diz ele.

R$ 500 milhões
foi a receita da rede em 2018

 

Agora... Aproximadamente 52% dos empresários ligados ao setor imobiliário dizem acreditar em um crescimento acelerado do setor em 2019, um aumento de 30% em relação ao ano passado.

...empolgou Outros 45% afirmam que a retomada ainda será lenta, segundo 198 executivos ouvidos pela Adit (Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico) e o grupo Prospecta.

Olho lá fora Fatores externos são o maior entrave para o crescimento da indústria de plástico, segundo 39,4% dos empresários ouvidos pelo PICPlast, programa da Abiplast (do setor) e da Braskem.

 

Hora do café

com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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