Brexit desvaloriza até mansões vizinhas dos príncipes William e Harry

As elegantes mansões vizinhas do Palácio de Kensington, onde os príncipes William e Harry moram com suas mulheres Kate Middleton e Meghan Markle, estão se desvalorizando.

O fenômeno, pelo menos aparentemente, tem muito pouco a ver com as festanças da família real ou com a eventual bagunça causada pelos pequenos príncipes George, Charlotte e Louis, filhos do herdeiro do trono inglês.

O grande vilão parece ser o “brexit”, que está começando a afetar a economia britânica e vem afastando potenciais investidores estrangeiros do mercado imobiliário londrino.

Ou seja, o divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia está dando prejuízo até mesmo para os ricaços que possuem propriedades na exclusivíssima Kensington Palace Gardens, tida como a rua residencial mais cara de toda a Europa.

No último ano, o preço médio das casas da rua caiu 1,3 milhão de libras esterlinas (ou quase R$ 7 milhões), segundo o site imobiliário Zoopla.

Este é o segundo ano de queda consecutiva —tendência que teve início logo após o plebiscito que decidiu pela saída dos britânicos da União Europeia, em 2016.

Na média, as propriedades de Kensington Palace Gardens custam agora a mera bagatela de 35,6 milhões de libras esterlinas (R$ 187 milhões, mais ou menos).

Trata-se de uma verdadeira pechincha. Há dois anos, essa média chegava a 40 milhões de libras.

As desejadas mansões que dão fundos direto com os jardins do Palácio de Kensington puxam a média dos preços da rua para cima.

O mercado avalia que alguns desses palacetes poderiam chegar a valer cerca de 100 milhões de libras (algo como R$ 525 milhões).

Isso sem direito a tomar chá das cinco com a família real e, provavelmente, com vários aborrecimentos relacionados à segurança necessária para proteger os herdeiros do trono.

Mas a Kensington Palace Gardens tem atrativos que vão além da vizinhança famosa.

A rua é realmente muito elegante, arborizada, excepcionalmente bem localizada, com prédios muito bonitos e, claro, bastante segura –inclusive com barreiras em suas entradas, algo muito raro na Inglaterra.

Com pouco menos de um quilômetro de extensão, a rua começa em Bayswater Road, no popular bairro de Notting Hill, e vai até a movimentada Kensington High Street.

As propriedades do lado leste são as que dão fundos para os jardins do Palácio de Kensington, uma das residências da família real desde o século 17.

A princesa Diana foi uma das mais famosas moradoras do palácio no século 20.

Foi na porta do prédio que as pessoas depositaram milhões de flores quando ela morreu, em 1997.

A famosa e longeva Rainha Vitória nasceu no prédio, em 1819. Deu sorte. Quando assumiu o trono, levou o país a ser o maior império da Terra.

Hoje, o bilionário russo Roman Abramovich, dono do Chelsea Football Club, e Tamara Ecclestone, a filha do ex-CEO da Fórmula 1 Bernie Ecclestone, estão entre os distintos moradores da Kensington Palace Gardens.

Além dos famosos, a rua abriga ainda as embaixadas do Nepal e da Rússia.

As duas ficam exatamente do lado do palácio, demonstrando, no mínimo, o bom gosto dos diplomatas dos dois países.

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