Aumentaram dúvidas de Tite sobre a escalação e a formação tática da seleção

Após os amistosos contra Panamá e República Tcheca, aumentaram as dúvidas de Tite sobre a escalação e a formação tática do time brasileiro.

Ao mesmo tempo em que valoriza as qualidades de Arthur, organizador e que, raramente, erra um passe, Tite gostaria que ele avançasse mais, já que o time atua com um trio no meio-campo e não há o meia ofensivo perto do centroavante.

Tite deve ter saudades de Paulinho. Por isso, investe em Alan, um Paulinho piorado, que marca e ataca, mas que não tem talento para ser o meio-campista da seleção brasileira. Paulinho também não tem.

No Barcelona, Arthur não precisa avançar. É melhor para o time ele passar a bola limpinha para Messi levá-la até o gol.

 

Após os dois amistosos, fiquei mais convicto –Tite deve pensar diferente– que Paquetá também não é um meio-campista para a seleção brasileira. Ele é um bom meia-atacante, para jogar mais perto do centroavante. Já Coutinho não tem atuado bem no meio-campo nem pela esquerda, mais avançado.

Não ficarei surpreso se, na Copa América, Tite convocar e escalar Paulinho e Renato Augusto ou um dos dois, junto com Casemiro. É o meio-campo das eliminatórias, que o técnico tem saudade.

Outra possibilidade, usada em alguns momentos no Mundial e no segundo tempo contra a seleção tcheca, é jogar com dois volantes, dois jogadores abertos, que marcam e atacam, e um meia-atacante, próximo ao centroavante. Assim, joga a maioria das equipes brasileiras. Nesta formação, Neymar atuaria melhor pelo centro.

Repito, o único jogador brasileiro que não atuou no Mundial e que já merece ser titular é Arthur. Mas é preciso pensar na frente, na Copa do Mundo. Atingir o equilíbrio entre renovar e escalar uma equipe mais forte é o dilema.

Outro que quer estar na Copa é Pato. Ele deve ser um bom reforço para o São Paulo, desde que a expectativa não seja, mais uma vez, maior que a realidade. Pato é apenas um bom atacante, no nível dos melhores que atuam no Brasil.

 

Falam que Pato não se tornou um grande craque porque não quis. Não acredito nisso. Ele, fora de campo, tem um comportamento parecido com a maioria dos jovens famosos, de fascínio pela fama, pela badalação nas redes sociais e pela companhia dos parças.

Dentro de campo, apesar de demonstrar, em alguns momentos, técnica e habilidade dos grandes atacantes, falta-lhe o essencial, a lucidez nas decisões. É confuso, erra demais. O craque é o que torna simples o que é complexo. O craque não parece, é.

Farsas

Muito pior que o 7 a 1 foi a ditadura, que também não devemos esquecer, para que esses fatos não se repitam.

É mais fácil entender como funciona o GPS, que tem a ver com a Teoria da Relatividade de Einstein, segundo explicações do colunista Marcelo Viana, da Folha, do que compreender o bizarro regulamento do Estadual do Rio de Janeiro.

Mais incompreensível ainda é saber que presos que estão na cadeia são empossados como deputados estaduais. É uma farra e uma farsa.

No Fla-Flu, em vez de se discutir tanto sobre o VAR e as decisões do árbitro, deveríamos criticar duramente a beligerância dos jogadores, com a conivência dos técnicos, além das absurdas reclamações agressivas e das rodinhas em volta de árbitros e auxiliares.

Muitos gostaram do jogo e justificam a violência pela emoção do clássico. Essa é uma das razões da queda técnica do futebol no país. É a negação do jogo, outra farsa.

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