Atletas da seleção apoiam greve de jogadores no campeonato uruguaio

Assim como em 1950, quando o Uruguai conquistou seu último título mundial, a seleção celeste chegou à Copa do Mundo da Rússia pouco depois de seus jogadores apoiarem a realização de uma greve no futebol local.

Tal qual em 1948, quando o capitão Obdúlio Varela comandou uma greve por melhores condições de trabalho no futebol uruguaio, Diego Godín e companhia apoiaram uma paralisação no Campeonato Uruguaio em 2017.

O coletivo Más Unidos que Nunca (Mais Unidos que Nunca, em espanhol), exigia da Mutual, o sindicato dos jogadores, uma revisão na distribuição de direitos de imagem.

Eles entendiam que a organização, cuja direção era formada por pessoas próximas à empresa Tenfield, detentora dos direitos televisivos do futebol uruguaio, não repassava as cotas dos atletas.

A questão remonta a uma briga judicial de jogadores da seleção em 2016 com a AUF (Associação Uruguaia de Futebol), por direitos relacionados à renovação de contrato com a Puma, fornecedora de material esportivo da seleção, mediado pela Tenfield.

Um grupo de advogados espanhóis auxiliou os jogadores a vencer o processo. Os US$ 620 mil recebidos na ação foram doados a jogadores da segunda divisão do país, que sofrem permanentemente com atrasos de salários.

Em outubro de 2017, jogadores do futebol local, apoiados por representantes do selecionado uruguaio, também decidiram reclamar seus direitos.

O sindicato, presidido pelo ex-jogador Enrique Saravia, não queria reconhecer o Más Unidos que Nunca. A questão foi encerrada pelo Ministério de Educação e Cultura, que reconheceu o movimento como legítimo e decidiu destituir Saravia e sua diretoria.

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