Ataque a prédio governamental na capital da Somália deixa mortos e feridos

Um ataque do grupo terrorista islâmico Al Shabaab deixou ao menos quatro mortos e onze feridos na manhã deste sábado (23) em Mogadício, capital da Somália. O grupo assumiu a autoria do atentado.

O ataque foi composto por uma explosão seguida de um tiroteio, e a invasão de um dos prédios do governo do país, localizado no centro da cidade, segundo informações das agências internacionais.

"O Al Shabaab invadiu o prédio onde dois ministros trabalham, incluindo o ministro do Trabalho. Até o momento sabemos que quatro pessoas estão mortas, mas o número de mortos certamente aumentará", disse o major Abdullahi Nur.

Nur disse também que as pessoas estavam sendo resgatadas com uma escada nos andares superiores do edifício, onde uma troca de tiros ainda acontecia.

Uma informação ainda não confirmada, fornecida pelo próprio Al Shabaab, afirma que a explosão teria sido provocada por um carro-bomba, em um suposto ataque suicida.

"Estamos dentro do prédio e a luta continua. Daremos mais detalhes", disse à Reuters Abdiasis Abu Musab, porta-voz da operação militar do Al Shabaab.

O grupo luta para estabelecer seu próprio governo com base em uma interpretação estrita da lei islâmica. Eles querem acabar com um governo apoiado pelo Ocidente e protegido por forças de paz da União Africana.

 “Onze pessoas ficaram feridas”, disse o dr. Abdikadir Abdirahman, diretor do Serviço de Ambulâncias Amin, acrescentando que algumas pessoas ainda estão presas dentro do prédio e que não é possível resgatá-las por causa de um tiroteio.

Insegurança e violência

No último dia 1º de março, outro atentado deixou ao menos 30 mortos na mesma área da capital. 

A Somália sofre com insegurança e atentados terroristas desde 1991. O governo tenta assegurar o controle sobre as áreas rurais pobres, dominadas pelo Al Shabaab.

Conflitos e insegurança forçaram 320 mil pessoas a fugirem de suas casas no ano passado —um aumento de quase 60% em relação a 2017—, segundo agências humanitárias.

A violência —juntamente a secas e inundações ao longo dos anos— levou mais de 2,3 milhões de pessoas a procurar abrigo em outras partes do país, muitas vezes em campos de refugiados lotados.

Dados da ONU mostram um número crescente de pessoas deslocadas pelo conflito na Somália nos últimos três anos, em grande parte devido à violência na região sul de Lower Shabelle.

Em 2016, 175 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas. Em 2017, eram 200 mil pessoas deslocadas.

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