Após quebrar hegemonia, Praia Clube vê desafio maior na Superliga de vôlei

Quebrar uma hegemonia de 15 anos de Rio de Janeiro e Osasco na última edição da Superliga feminina de vôlei foi um grande feito para o Dentil Praia Clube.

Ainda mais desafiador, na opinião do técnico da equipe de Uberlândia (MG), Paulo Coco, será defender o título na temporada 2018/19, que começa nesta terça-feira (13).

As atuais campeãs enfrentam o Pinheiros, em jogo adiantado da sexta rodada, no ginásio Henrique Villaboim, em São Paulo, às 21h30 (com transmissão do SporTV 2).

“Já foi difícil quebrar a hegemonia desses anos todos, e manter será muito mais difícil. Não só por ser a última campeã e tornar-se uma equipe muito visada, mas principalmente por ter adversários de muita qualidade, que se reforçaram”, afirma Coco à Folha.

Uma das preocupações do treinador é o rival regional Minas Tênis Clube, que derrotou o Praia na semana passada para sagrar-se bicampeão mineiro. A equipe trouxe as ponteiras da seleção brasileira Natália e Gabi e a oposta Bruno Honório, destaque do Pinheiros na última edição.

Além do Minas, Coco cita como adversários a serem batidos os tradicionais Sesc-RJ e Osasco Audax, além do Sesi Vôlei Bauru.

A equipe carioca traz como principais novidades a ponteira russa Tatiana Kosheleva, que chega ao voleibol brasileiro após romper ligamentos do joelho esquerdo na última temporada, e a central Bia, titular da seleção no último Mundial.

O Osasco perdeu a oposta Tandara e o patrocínio da Nestlé, este após nove anos, e iniciou uma parceria com o Audax para esta edição.

O time contará com atletas que o defenderam em temporadas passadas: a oposta americana Destine Hooker e a ponteira bicampeã olímpica Paula Pequeno, que atuou na equipe paulista por cerca de dez anos, até 2009, e volta aos 36 anos de idade.

Campeão paulista após vencer o Osasco na decisão, o Sesi Vôlei Bauru montou um time mais equilibrado em relação ao último ano. A oposta italiana Valentina Diouf foi contratada para dividir a responsabilidade de ataque com Tifanny, primeira mulher transexual na elite do vôlei brasileiro e que se destacou na temporada passada.

“Acredito que seja a Superliga mais equilibrada e competitiva dos últimos anos”, diz Coco.

O Praia Clube teve as chegadas da levantadora americana Carli Lloyd, da central Carol e da ponteira Rosamaria, ambas da seleção brasileira, que se juntam às campeãs olímpicas Fabiana e Fê Garay e à americana Nicole Fawcett, peças-chave do elenco campeão em abril.

Por outro lado, Paulo Coco perdeu três titulares da conquista: a levantadora Claudinha, a central Walewska e a ponteira Amanda.

O ciclo de seleções desta temporada acabou no dia 20 de outubro, com o fim do Campeonato Mundial. Menos de um mês depois, o Praia já disputou o Campeonato Mineiro, a Supercopa (venceu o Osasco no último sábado) e agora estreará na Superliga.

Pelo pouco tempo de treino e por emendar competições (a equipe também disputará o Mundial de Clubes no início de dezembro), Coco afirma que corre contra o relógio para fazer os ajustes de que o time precisa.

“Vamos ter que trabalhar para ver quanto a equipe pode ser forte. Por enquanto tivemos pouquíssimo tempo de treinamento, o calendário não ajuda. A chegada da Carli traz uma expectativa grande, é uma das melhores levantadoras do mundo, mas ela tem que se adaptar a um estilo de jogo diferente do que vinha fazendo na seleção dos EUA”, afirma.

As outras dez equipes da Superliga estreiam na competição na sexta-feira, pela primeira rodada.

Equipes participantes da Superliga feminina 2018/19

BRB/Brasília Vôlei

Balneário Camboriú

Curitiba Vôlei

Dentil Praia Clube

Esporte Clube Pinheiros

Fluminense

Hinode Barueri

Minas Tênis Clube

Osasco Audax

São Cristovão Saúde/São Caetano

Sesc-RJ

Sesi Vôlei Bauru

Source link

« Previous article Sou otimista em relação à Constituição de 1988, diz Gilmar Mendes
Next article » “Vejo as empresas portuguesas com a preocupação de pensar a tecnologia como um enabler de crescimento”