Após problema na voz, Toquinho adia estreia de show 'Contrapontos'

Toquinho tem estado sem tempo. É gravação, ensaio e entrevista o dia inteiro.

Além do show “Contrapontos”, que estreia em São Paulo no dia 13 de setembro, quinta-feira, no Teatro Opus, o cantor se divide entre shows com os Demônios da Garoa, “De Adoniran a Vinícius”, e apresentações em comemoração dos seus 50 anos de carreira, com participação de Ivan Lins e MPB4.

 

A agenda cheia não abalou o bom humor do cantor paulistano. Mas abalou sua voz.

A entrevista foi dada no carro, a caminho de uma consulta médica —para dar uma olhada num "probleminha na voz".

O planejado era que fossem três apresentações de "Contrapontos", nos dias 11, 12 e 13. Devido a "questões técnicas e de logística", segundo a justificativa oficial, a produção acabou decidindo por apenas um, na quinta-feira (13).

O espetáculo terá a participação do premiado saxofonista Nailor Proveta e de dois jovens expoentes da música brasileira: o pianista sergipano João Ventura e a cantora goiana Camilla Faustino.

Toquinho conheceu João Ventura em Portugal, por intermédio de um empresário. O pianista brasileiro de 32 anos mora em Lisboa, para onde foi fazer um doutorado. 

Mas quem trouxe o pianista sergipano para debaixo do holofote foi Madonna. A intérprete de "Like a Virgin" se mudou para Lisboa em meados do ano passado. 

Na capital portuguesa, a cantora assistiu a uma apresentação do pianista brasileiro. Madonna então o convidou para tocar em sua apresentação no Met Gala, no museu Metropolitan em Nova York, em maio deste ano.

Antes de Ventura e longe de Nova York, foi no programa de Raul Gil que Toquinho conheceu Camilla Faustino. Desde 2016, a cantora o acompanha em praticamente todas as apresentações.

A turnê de “Contrapontos” teve início em Portugal, e a estreia brasileira será na capital paulista. 

Além de clássicos de Toquinho, como "Aquarela", "Que Maravilha" e "Como dizia o Poeta", o show traz uma série de mashups acústicos. 

Essas misturas, que dão nome ao espetáculo, unem "Garçom", de Reginaldo Rossi, a "O Vôo do besouro", de Rimsky-Korsakov. Junta "Por Elise", de Beethoven, com "Hallelujah", de Leonard Cohen. Charles Gounod, Paul McCartney, Mozart e Lucio Dalla também fazem parte da salada.

"Isso faz parte da fusão que o João Ventura faz", diz Toquinho. 

Apesar de dar espaço a novos talentos da música, o cantor paulistano não se mostra satisfeito com a produção artística atual no Brasil.

"Minha geração viveu num momento brasileiro único, de uma música bem trabalhada", diz enquanto faz referência ao amigo Tom Jobim e à amiga Bossa Nova. "Nós somos historicamente mais privilegiados".

"Hoje em dia, a pulverização é enorme. Em termos de união, não há um movimento musical. O Brasil está pobre", completa.

Depois de São Paulo, "Contrapontos" vai para Aracaju (16/7), e Maceió (21/10). Com o show "Toquinho 50 Anos de Música", se apresenta em Vitória no dia 29 de setembro e em Brasília no dia 8 de dezembro, com a cantora Tiê.

Com os Demônios da Garoa, apresenta-se em Santos (19/10), em RIbeirão Preto (20/10), no Recife (9/11) e em Fortaleza (10/11).

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