Aporte em saneamento previsto em plano do governo é alvo de divergência

Entidades que representam concessionárias de água e esgoto divergem da nova versão do Plano Nacional de Saneamento Básico, em consulta pública desde a última semana.

O documento reúne diretrizes para o setor até 2033. A estimativa do governo é que será necessário investir cerca de R$ 24 bilhões ao ano no segmento, quase o dobro do valor médio praticado atualmente.

Empresas públicas e privadas concordam que é impossível alcançar esse patamar nas condições atuais, mas discordam quanto às mudanças que precisam ser realizadas.

A Aesbe, associação das estaduais, defende que as privadas não disputem concessões que hoje são das estatais, e só assumam operações ao adquirir ou firmar parcerias com companhias dos estados.

“O problema são as premissas do plano”, diz Roberto Tavares, à frente da entidade e da Compesa (concessionária de Pernambuco).

O outro lado, porém, afirma que flexibilizar o modelo de concessão é a única forma possível de aumentar o capital investido no setor.

“Dada a dificuldade orçamentária do governo, é preciso acelerar as mudanças no segmento para maior participação privada e expandir também o investimento público”, diz Venilton Tadini, da Abdib (associação de infraestrutura).

É preciso revisar a metodologia do plano, mas a projeção é que a demanda por aportes ultrapasse os R$ 400 bilhões, afirma Percy Soares, da Abcon (de concessionárias privadas).

 

Crescimento descrescente

As vendas nos supermercados de São Paulo tiveram uma alta de 1,83% em janeiro de 2019, na comparação com o mesmo mês do ano passado —a evolução é do critério de receitas obtidas das mesmas lojas.

Os dados são da Apas (Associação Paulista de Supermercados). A entidade também divulgou a evolução do emprego no setor, um saldo negativo de mais de 7.000 postos, o pior em quatro anos.

O ritmo de crescimento das vendas é lento, segundo Thiago Berka, economista da entidade. A essa altura do ano passado, a alta era 1,6 ponto percentual maior e, desde então, não ficou abaixo de 2% em nenhum mês.

“Há menos otimismo hoje, estamos em um compasso de espera, especialmente pelo nível de empregos que ainda não subiu”, afirma ele.

É comum que haja demissões no mês de janeiro, mas o recorde negativo se deve a um ajuste a um novo patamar de vendas, segundo Berka.

Se as previsões da Apas para o ano se concretizarem, em 2019 o setor vai crescer e o faturamento vai se igualar, em termos reais, ao que era antes da recessão econômica.

“O nível de mão de obra, no entanto, vai ser menor, porque as empresas aprenderam a trabalhar com menos gente.”

 

Carne japonesa chega ao Brasil salgada

A Prime Cater, especializada em venda de carnes para restaurantes e consumidor final, investirá R$ 25 milhões nos próximos dois anos para expandir sua operação no Brasil, segundo Marcelo Shimbo, presidente da empresa. 

Do total, R$ 5 milhões serão destinados a equipamentos, inovação e marketing, e outros R$ 20 milhões a construção de uma nova unidade fabril em Louveira, no interior de São Paulo.

A empresa atende mais de 550 restaurantes em 22 estados do país e é habilitada a importar a carne wagyu, de origem japonesa. 

As peças começam a ser vendidas nesta terça-feira (12). Parte da remessa está reservada a redes de restaurantes japoneses de São Paulo e do Rio de Janeiro, de acordo com Shimbo.

O quilo da carne que a empresa comercializa custará mais de R$ 500 no varejo.

 

Tempero mexicano

A rede de fast food Taco Bell começará a abrir franquias no Brasil neste ano para acelerar seu plano de expansão.

Todas as 27 lojas em operação no país pertencem ao grupo de investimento do empresário Carlos Wizard Martins, responsável local pela marca.

A previsão é que sejam 44 inaugurações em 2019, 90% delas via franquias, segundo Daniela Heldt, diretora da empresa no Brasil. O aporte em cada unidade varia de R$ 1,2 milhão a R$ 1,5 milhão.

“Os restaurantes serão em São Paulo e Rio. A partir de 2020 entraremos em outros estados do Sudeste e no Sul.”

 

Conselho A nomeação de Érika Marena para conselheira do Coaf segue uma tradição de outras gestões, a de ocupar a vaga com o diretor do departamento de recuperação de ativos do Ministério da Justiça, cargo atual dela. 

Em busca... A Knewin, empresa de tecnologia que é contratada por outras companhias para monitorar menções em textos jornalísticos e mídias sociais, vai investir cerca de R$ 15 milhões neste ano.

...de base O aporte será destinado a aquisições. Já foram feitas duas compras —uma delas de uma empresa de Miami— e há outras duas em negociação. As transações até agora tiveram o propósito de aumentar a base de clientes.

Pós-Carnaval A fabricante de chocolates Cacau Show abriu 7.790 vagas temporárias para o período de Páscoa, um aumento de 10% em relação ao ano anterior. Cerca de 7.500 irão para as lojas da marca.

 

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi, Ivan Martínez-Vargas e Paula Soprana

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