Aplicativo de entrega de comida iFood lança seu próprio terminal de pagamentos

O aplicativo de pedido e entregas de comida iFood Delivery lançou seu próprio terminal de pagamentos, numa ofensiva para aumentar a eficiência e reduzir custos com uma solução que dispensa os serviços das tradicionais adquirentes de cartões.

Atualmente em fase piloto, os terminais do iFood estão sendo usados por 300 motoboys em Guarulhos (SP). A previsão do grupo é que até o fim do ano 2.000 entregadores recebam o pagamento dos pedidos com a maquininha própria do aplicativo.

O serviço do iFood usa a tecnologia da empresa de meios de pagamento Zoop, que habilita negócios e empresas a criarem soluções de pagamentos com uso de suas próprias marcas.

A nova maquinha se junta a outras duas lançadas nesta semana. Na terça-feira (17), Itaú e First Data entraram no segmento com produtos voltados para autônomos e pequenos comerciantes.

O Itaú decidiu começar a vender maquininhas com a marca Credicard para público que diz não atender atualmente com a Rede, segunda maior empresa de maquininha do país, atrás da Cielo.

Proposta semelhante foi anunciada pela americana First Data, que presta serviços a instituições financeiras e opera maquininhas da marca Bin.

Itaú e First Data passam a competir com a PagSeguro, do UOL (empresa do Grupo Folha, que edita a Folha), e outras empresas do setor, que vendem a maquininha de cartão em vez de apenas alugá-la. O mercado visado por Itaú e First Data tem um potencial estimado em R$ 350 bilhões. Desse montante transacionado por pequenos comerciantes e autônomos, apenas 20% passam por cartões, disse Marcos Magalhães, diretor-executivo do Itaú.

O iFood disse, em nota, que prevê que a maquinha própria aumente suas vendas em 30%, além de reduzir riscos de contestação dos pedidos e os custos transacionais.

A expectativa de aumento das vendas deve-se em parte ao entendimento de que a mudança otimiza a logística operacional dos entregadores, os motoboys.

Atualmente, o entregador precisa buscar o terminal de pagamento no restaurante, fazer a entrega no endereço do pedido e voltar ao estabelecimento para devolvê-lo."A partir de agora, o motoqueiro terá uma maquininha única, do próprio iFood, que servirá para todos os restaurantes da rede", afirmam as parceiras.

"A plataforma direciona o pagamento ao estabelecimento correspondente, conforme ordem dos pedidos".O sistema também divide os valores pagos para o restaurante, ao entregador e ao iFood.

Na semana passada a Movile, dona do iFood e da Zoop, recebeu aporte de US$ 124 milhões (cerca de R$ 468 milhões), o maior investimento já feito na empresa criada há oito anos, numa rodada feita pela sul-africana Naspers e pelo fundo brasileiro Innova Capital, que tem Jorge Paulo Lemann entre os investidores.

Os recursos serão canalizados no iFood e também nos negócios de venda de ingressos Sympla e de transações financeiras Zoop, afirmou o presidente-executivo da Movile, Fabricio Bloisi.

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